Velhos vícios, trapos remendados 03/08/2024
O título refere-se a um ditado popular, muito antigo, e traduz toda inteligência da sabedoria popular, que usava frases colhidas no repertório do dia a dia para traduzir as razões pelas quais a existência era composta por tirocínios de pessoas formadas na escola da vida e pela sua simplicidade muitas vezes ignoradas pela sociedade perversa que só prestigia os que têm nunca o que são verdadeiramente.
Nesse momento de festividades quando as Olimpíadas são disputadas na cidade luz, Paris, França e de lá nos vem a informação que já somos detentores de 10 medalhas, sendo 1 de ouro, 4 de prata e 5 de bronze, com reais possibilidades de ganharmos outras para enobrecimento dos nossos atletas, dentre eles, destacamos Bia Souza e Rebeca Andrade, duas joias que honram o uniforme brasileiro.
Nessa hora que nossos atletas se destacam, eles são lembrados pelos políticos de plantões que eles são beneficiados com o projeto Bolsa atleta, eles não precisam dessa lembrança fora de hora, pois eles são merecedores de todo apoio possível que o Estado brasileiro possa recompensá-los, trata-se de pessoas que no futuro darão esperança ao povo sofrido de nossa terra, além do momento de glória.
O que mais me intriga nessa classe sem classe que é a dos políticos demagogos e aproveitadores é o fato de prestigiarem, dentro da sociedade, apenas grupos que tragam algum tributo em forma de retorno eleitoral, esses são realmente prestigiados até engalanados, dentre eles temos os indígenas, negros, deficientes, LGBTQIA+, até mesmo marginais têm lobbys dentro dos Legislativos.
Sou da opinião que todos os grupos merecem o prestigio que os merecem, entretanto tudo dentro do seu devido tempo e oportunidade. Acompanho um grupo, por sua insignificância política e social são tratados com o desrespeito que não merecem, são aqueles considerados em condição de rua, tidos sem presente, mesmo tendo um passado, e de futuro incerto.
O Estado de São Paulo tem um projeto na área social que tem merecido todo nosso apoio pela importância e de alcance relevante, que é o “Bom Prato”, em parceria com determinadas Prefeituras são servidas três refeições diárias, com preços irrisórios, accessível a essa gente que não tem onde encontrar alento nem mesmo para uma refeição diária e recente.
Esse projeto deveria ser estendido ao maior número possível de municípios, não só paulistas, mas de âmbito nacional, entendendo que temos um governo federal que se diz social. Já tratei desse assunto em outras oportunidades, mas não vejo nenhum político com vontade e predisposição a tomar iniciativa, tornando essa possibilidade real. É chegada a hora de fazer o bem sem saber a quem.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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