O fato sem politicagem 15/11/2022
É preciso fazer uma reflexão com muita concentração para saber distinguir o que é pior: um presidente sem nenhum projeto de governo, em final de mandato; um ex-presidente corrupto por convicção e atuação, entendendo que não deve lançar nenhuma proposta administrativa, ou um ministro do STF falando a linguagem chula do crime, com uma frase inclusive conhecida de todos nós – perdeu mané.... Será que merecemos tanta ironia?
Talvez estejamos passando por um processo de catarse, sendo purificados dos traumas de outros tempos, quem sabe até não merecemos um castigo maior por acreditar nas comédias que nunca foram divinas, alguém por acaso duvidou dos ventos uivantes, andou descalço na terra em chamas, testemunhou contra o crime e castigo, mesmo tendo acompanhado a vida de o cangaceiro apresentada na tela cinemascope do CINE LUX.
Suposições muitas vezes não se coadunam com a realidade dos fatos consumados, vivemos um momento de muita estupidez, mistura da falta de confiança no outro ser humano, descrédito da palavra do outro (interlocutor) substituição do amor fraternal pelo ódio advindo da política, em uma trama diabólica, separando os povos na tentativa de fazer da guerra entre irmãos um império de malignidades em sustentação de uma vida somente vista na utopia dos indeléveis substratos humanos.
Uma verdadeira anarquia é o que nos espera, caso não tenhamos uma força surgida de matizes
Das nossas matas virgens com a força da energia do nosso primitivismo, ungido no pensamento mais puro do nosso inocente povo que pereceu à margem dos rios de águas cristalinas, as mesmas fartas águas que começam a ficar escassas, por entre terras tombadas e devolutas, rios virando riachos pela mutilação dos córregos, resultado da ignorância humana.
Hoje temos um governo que se despede de forma lacônica, tentado explicar o inexplicável, dividir o indivisível, caminhar sobre as nuvens como se fora um solo firme, conquistar a terra arrasada, mensurar o incomensurável, mesmo assim, ainda apostamos na sua conduta incompatível com o que se espera de um resultado positivo, por não acreditarmos no propósito nefasto daquele que vem prometendo mesa farta, cama de travesseiros macios e ausência da fome entre os homens.
O que é mais irônico no atual momento, é a desfaçatez dos que deviam atuar na compilação dos dados, corrigindo as falhas e os excessos dos que fazem e executam as leis, esses deuses dos sortilégios, senhores embriagados pelos efeitos do Poder cooptado por eles, sem nenhum apreço pelos que lhes pagam a sobrevivência e que vivem da veleidade, sem ao menos se permitir uma crítica pessoal; assim vão mutilando os Poderes constituídos por um povo castrado. Isso é um fato.
Genival Dantas
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