

O fato sem politicagem 05/02/2022
Nesse novo tempo de muitas informações em pouco espaço de tempo, em uma velocidade análoga ao pensamento, a possibilidade de você ser confundido com algo que não lhe diz respeito é enorme, mormente no que concerne, e principalmente, quando é emitido uma opinião no contexto em que nos encontramos como formadores de opiniões.
Foi divulgado pela internet uma opinião, creditada ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, sobre o fato de uma empresa que integra a concessionária da obra da Linha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo, com ocorrência de acidente, sem vítimas fatais, entretanto de prejuízo de grande monta material, com efeito negativo ao trânsito da Marginal Tietê.
O vídeo que consta entrevista de uma funcionária da empresa, coordenadora de comunicação Estefânia Riciulli, mencionando o fato da empresa preferir contratar engenheiras em vez de engenheiros. Alguns órgãos de classes também rechaçaram as opiniões do deputado considerando-as de misóginas e machistas.
É uma situação de difícil avaliação, a empresa tem a liberdade de escolher seus funcionários cujo critério é de avaliação interna, os predispostos são de interesse também interno, não há a necessidade de informar isso ao público, é uma questão de política interna, pouca gente vai entender essa filosofia de trabalho, principalmente os menos informados.
Quanto ao deputado Eduardo, ele já é carta marcada pelo simples fato de ser filho do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, que carrega no seu currículo uma variedade de frases e insinuações fora do contexto para o cargo que ocupa, o próprio Eduardo vez enquanto consegue produzir suas pérolas corroborando com interpretações ambíguas.
Como estamos cercados de pensamentos díspares, para você ser transformado de insigne a insignificante é uma questão de palavra trocada, um número menor ao esperado, um pingo quando se espera uma chuva, um adjetivo menos qualificativo, em suma, vivemos no iminente risco de sermos mal interpretados.
Este texto não a finalidade de fazer juízo de valor nem da empresa, muito menos do deputado, simplesmente achei que há casos em que ganhamos muito mais com o silêncio, pois qualquer palavra adicionada incorremos na possibilidade de nos tornar prolixo e até fora do contexto, fica aqui um assunto para reflexão de todos nós, na condução das nossas opiniões.

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