Em texto anterior (07/03) tratei da possibilidade do governo federal tentar, via PL, fazer um arranjo para segurar os preços dos combustíveis, face ao que vem ocorrendo com o conflito entre Rússia e Ucrânia, o Congresso, via Senado Federal, faz a sua parte, por iniciativa do Poder Executivo, a princípio apenas parte da sociedade consumidora do petróleo virá se beneficiar, como por exemplo, os motoristas de aplicativos, moto taxistas, taxistas, ficando de fora vendedores e outras categorias.
É bom salientar que o governo Bolsonaro prima por privilegiar alguma classe, dentro do seu governo, essa seletividade deixa o governo em verdadeira saia justa, ou você procura atender o conjunto dos necessitados, ou simplesmente espera a primeira oportunidade para dividir o bolo dentro da realidade que lhe permite, mesmo assim, é bom deixar claro que já saiu o anuncio de um aumento nos combustíveis de 18,8%, ou seja, nos os pobres mortais pagaremos pelo que não devemos.
Vamos deixar esse assunto para uma próxima oportunidade, pois o que vamos escrever hoje é sobre a guerra interna na nossa política, ou politicagem, verdadeiramente dita. Bolsonaro tem usado cada passo direcionado ao caminho das eleições próximas, cada ajuntamento ele aproveita para subir em um tijolo e faz discurso, elogiando o que virá no seu próximo mandato, se assim for eleito, esquece o presidente que ainda tem nove meses do atual governo para governar.
Até mesmo a chegada dos brasileiros repatriados da Ucrânia foi motivo para levar seus preferidos até a escada para saudar os brasileiros ainda em estado de pânico, pelo que passaram no exterior e no meio da guerra, o que Putin denomina de operação especial, se alguém, no seu país, pensar o contrário será prezo. O mais horripilante no momento político brasileiro é que tudo gira em torno das próximas eleições, o presidente negocia até uma terceirização com os evangélicos para o próximo mandato.
Os comentários são gerais, depois de dispor da chave do cofre da federação para o Centrão, não satisfeito, Bolsonaro pensa em fazer o que a bancada evangélica assim determinar, no mínimo inconstitucional, quando se fala da Carta Magna de 1988, quando ela reza que o país é laico, esse fato é uma tradição desde a queda de Dom Pedro ll, por um golpe e estabelecido a República, mas Bolsonaro insiste em se sentir acima da própria Lei maior, a Constituição.
Na outra ponta, o condenado em vários processos, Luiz Inácio Lula da Silva, vaidoso do seu currículo vitae, anda se derretendo todo, não foi inocentado, entretanto, o ministro Ricardo Lewandoswski (STF) suspendeu, a última, cautelar da ação penal contra o ex-presidente lula (PT), no caso dos caças suecos Grippen, da Operação Lava Jato do Paraná, comandada, na época, pelo ex-juiz e atual candidato a Presidência da República Sérgio Moro (Podemos).
O próprio ex-presidente Lula, em sua campanha permanente, tem alardeado que o MST e o MTST, caso retorno ao governo federal, os dois movimentos sociais terão voz ativa com ele, esse geste ele tem feito para tentar o apoio do líder principal do MTST, Boulos (PSOL) que também é candidato ao governo do Estado de São Paulo. Esse fato fez com que a federação entre (PT) e (PSB) ficasse equidistante, porém ainda indefinido.
Nesse acerto de federação da esquerda encontra-se o (PT, PSB, PCdoB e PV), entretanto há um impasse que ainda pode melar a federação deles, pois, todos mantêm postulantes ao cargo de governador do Estado de São Paulo, eles afirmam que não abrem mão de suas respectivas candidaturas. Esse é um enrosco que, se tiver consenso e juízo, a única alternativa viável é manter uma única candidatura, partindo para a federação.
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