

O Fato Sem Politicagem 06/08/2021
Ontem postei um texto voltado para o momento efêmero (desejo de todo brasileiro) da política brasileira, regimentado pela extemporaneidade dos tolos toscos, se alguém desse grupo se julga um sujeito lapidado, certamente, ele o foi a machado. A situação ficou mais delicada ainda, não há limites para a ignorância dos tidos como poderosas na condução de um país, como o Brasil, permanente promessa para o futuro, futuro esse que nunca chega.
Estou entrando na sétima década de uníssonos desejos e promessas de um futuro promissor, estávamos passando por um processo de aprendizagem e sofrimento ao mesmo tempo, em compensação os nossos filhos iriam colher os frutos do nosso esforço, puro engodo, já entrei na geração do meu neto e a pilantragem política soa como uma cantilena de deslavados encaminhamentos perdidos por entre gavetas dos três Poderes.
Não temos mais tempo para picuinhas, devaneios, tentativas de estelionato eleitoral com promessas eleitoreiras, comparadas ao fogo de palha que parece até, inicialmente, ao fogo eterno, quando na realidade é uma situação momentânea, suas chamas não se sustentam, não há combustível suficiente para que o prometido, ou pensado, se mantenha em direção ao permanente, cujo sortilégio faria a alma do brasileiro encantado se perpetuar nas suas aspirações.
Como tortuoso é o nosso destino, quando parecia que havia uma esperança no ar, a indisposição coletiva por parte dos Poderes negligentes se insinuam de forma troncha e esbaforida, no linear da descompostura, seus membros passam a acusar de forma clara e objetiva, não deixando dúvidas que todos eles fazem parte de uma grande falácia, sobrando aos seus endossantes o custo do ônus,
Somos nós que vamos arcar com a irresponsabilidade dos lacaios ali alocados.
Enquanto o STF, na palavra do seu presidente Luiz Fux, de forma sisuda e até atabalhoada, fugindo da sua conduta de ponderações em todas as ocasiões que se manifestou em público, não deixou por menos, futicou com vara curta a onça que vive alojada nos porões dos demais Poderes da República, unilateralmente rompeu com os outros Poderes, por conta das esbaforidas atitudes do presidente Jair Bolsonaro, que prima em jogar na lata do lixo seu cargo de muitas glórias.
O efeito funil vai se apresentando, Bolsonaro conta com apoio dentro de Legislativo, apenas daqueles amantes do toma lá dá cá, chavão de muitos invernos dentro do Congresso nacional, já teve o apoio dos militares, de onde ele veio antes de se tornar político, no momento sua relação com essa classe é simplesmente sofrível, mesmo assim as corporações se mantêm firmes e altaneiras, dentro dos seus propósitos e sustentadas pela Constituição: a serviço da Pátria, sempre.
Infelizmente, estamos terminando a semana com a Democracia no leito de uma UTI nada condizente com o estado de saúde dessa paciente, ela foi muito machucada, humilhada, detonada e desfigurada por aqueles que usam o seu nome para praticar a discórdia, desamor, desserviço e a empulhação, mesmo assim, tentam se apresentar como paladinos da Pátria.
“Chega a ser jocosa essa dualidade, desses agentes públicos que demonstram verdadeiro espírito de transtorno dissociativo de personalidade; entre tapas e beijos é apenas tema de música sertaneja.”
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista

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