O fato sem politicagem 19/07/2022
São tantas as inanidades apresentadas por Bolsonaro no cargo de presidente da República, no decorrer desses quase 43 meses, processo acelerado após a parceria firmada com o bloco Centrão (conjunto de políticos, de vários partidos, sem nenhuma orientação ideológica) constituído para apoiar os governos surgidos depois da nova Constituição, cujo lema “é dando que se recebe”, priorizando sempre a primeira pessoa do singular, sem compromisso com a Nação.
Assumindo uma postura diferente do seu programa inicial, Bolsonaro caminha por caminhos decepcionantes para seus antigos apoiadores e passa a ser um dos mais combatidos presidente em toda nossa história Republicana, sua reputação cai, ficando até difícil justificar o voto do eleitor em sua pessoa na reeleição da qual é candidato, mesmo considerando que Luiz Inácio Lula da Silva, é seu principal opositor com todas as acusações que lhes imputadas.
O grande problema do Bolsonaro é seu comportamento sem o controle necessário para conduzir o seu cargo, não conhecendo o seu limite para atuar, a ausência de uma assessoria capaz de orientá-lo nos momentos mais críticos, se achando o administrador mais brilhante que já ocupou a Praça dos três Poderes, englobando os três, Poderes propriamente dito, por não ter essa capacidade toda ele peca no raciocínio, no discurso, o pior, nas ações.
A convocação dos Embaixadores, para apresentação de sua tese sobre o voto eletrônico, em provocação ao STF/TSE, não vou fazer juízo de valor sua autoridade de fazê-lo, mas a forma como foi divulgado e como foi realizado, não deixa dúvidas da sua inoportuna necessidade. O fato do TSE manter posição firma para não voltar com o voto escrito é um jeito de aquela casa mostrar sua autoridade naquilo que ela é responsável e não aceita intervenção de qualquer Poder.
Acredito que o presidente Bolsonaro não avaliou as consequências do seu ato, principalmente do ponto de vista negativo, provocando a ira da grande imprensa, partidos políticos, entidades sociais e sindicais, ao ponto de se fazer até mesmo um movimento classificando-o como levante sem falar dos outros dois Poderes, Legislativo e Judicial, enfurecidos, tenta justificar o comportamento do TSE, condenando categoricamente o comportamento do presidente Bolsonaro.
Além dos procuradores federais tentarem uma ação junto ao PGR, Augusto Aras, para que ele tome providências, na tentativa de coibir qualquer outra ação em continuidade, pois o cargo do Bolsonaro não lhe autoriza esse tipo de comportamento, indo de encontro às instituições. Na sequência os EUA lança uma nota declarando o Brasil como dos sustentáculos da Democracia mundial, acreditando na lisura do TSE.
É claro que o exército Bolsonarista saiu em defesa do seu ídolo, justificando o comportamento do Bolsonaro como um gesto inerente aos grandes nacionalistas e a oposição, na sua totalidade, aproveita a oportunidade para tumultuar a situação, entrando com uma ação junto ao STF/TSE, para que se tomem providências com severas punições ao presidente Bolsonaro. Com a aproximação das eleições qualquer palavra dita sem o devido à devida avaliação pode deturpar o ambiente.
Genival Dantas
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