O fato sem politicagem 01/11/2022
Depois de 72 horas das eleições é chegado o momento de se avaliar as razões pelas quais tanto desconforto toma conta da metade do eleitorado brasileiro. Ainda bem que aqueles eleitores denominados de Bolsonaristas foram para as rodovias sem a intenção de praticar arruaças, muito embora com o fechamento dos leitos carroçáveis implica naturalmente em prejuízo para a logística de produtos de primeira necessidade, mormente alimentos e medicamentos.
É bom salientar que pela primeira vez na nossa República a população veio a público se manifestar pelo Estado brasileiro, contra a possibilidade de repetição de erros pelo ganhador nas urnas, o fato consiste nas práticas do eleito em períodos anteriores e por mais de um mandato, portanto um recorrente de administração nada republicana e de conhecimento geral, dessa forma o brasileiro se apresenta com seu desabafo e seu queixume antecipado.
Nada mais preocupante para um povo que um novo governo venha consolidado por um discurso requentado, com indicações de práticas nada democráticas, acenando para romper com o controle orçamentário, fazendo promessas de maiores salários ao povo sofrido, melhorias na vida de cada brasileiro, com políticas de fome zero para um país com mais de 30 milhões de famintos, sem perspectivas de vida, o auxílio Brasil não comporta a massa de miseráveis.
Gostaria de acreditar na palavra do mitomaníaco, Luiz Inácio Lula da Silva, mas como agir dessa forma se ele já nos deu demonstração que é um recorrente nas suas histórias fantasiosas, as usa apenas para atingir seu objetivo político e sempre a favor do seu projeto de sucesso pessoal, deixando claro que o pobre é um problema dele, do pobre, a sua vaidade pessoal é um assunto de sua competência e clareza, entretanto esse é um assunto para a psicologia, ou psiquiatria.
A verdade é absoluta e cristalina, estamos em um barco furado em mar revolto e sem terra à vista, metade dos brasileiros tinham consciência desse fato, por isso seu canto é de lamento, a outra metade sabe das consequências e dos riscos que todos corremos, temos 110% de certeza que o grupo que começará a governar o país, em janeiro, jamais vai romper com os malfeitos, desvios de condutas e ter algum apreço pelo erário público.
Não adianta achar que no Legislativo há maioria da Direita, sabemos que o Centrão conta com mais de 170 membros e sempre atuaram com os governistas, incluindo o próprio PT; o PL, partido do Bolsonaro, não deve ficar longe do novo governo, não podemos esquecer o quanto o presidente eleito, Lula é um emérito negociador, quando se trata do “dando é que se recebe”. Nesse panorama de desconsolação total só nos resta ficar atentos. Isso é um fato.
Genival Dantas
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