Novo governo velhas práticas 29/12/2023
O momento é de ajustes e acertos, nossos vizinhos, os argentinos, na nova gestão, agora da Direita, com o comando do Javier Milei, tenta empregar seu ritmo acelerado de administrar uma massa falida, como é o caso da Argentina, implanta suas condições com novas normas e procedimentos e saindo de situações desconfortáveis como é o caso do Brics.
Não que seja uma situação de extrema asfixia, mas o atual momento não é de inventar modismos baratos, os argentinos têm uma parceria de longa data com os países a Direita, caso específico de Israel e EUA, não vão deixar essa fatia de mercado em troca da Esquerda, tal qual a China e Rússia, claro que as relações comerciais, entretanto há toda uma situação de correlações em jogo.
A entrada da Argentina ao Brics tinha sido acertada durante encontro da cúpula do bloco em gosto último, em Johanesburgo, África do Sul, na gestão do presidente Alberto Fernandez, com ingresso previsto para o dia 1º de janeiro próximo. A carta de desistência foi enviada, nessa data, ao presidente Lula da Silva e demais membros do bloco.
Na ocasião em que a Argentina foi aceita como membro do Brics, o Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos também foram aceitos e a partir de 2024. Além do Brasil, o Brics é formado por Rússia, China, África do Sul e Índia, países com tendência esquerdista, mormente China e Rússia, que duelam em busca de melhores posições no mercado mundial.
Enquanto isso, o nosso mundo interno vai fechar o ano de 2023 em situação de penúria, enquanto os Estados federados tiveram superávit de R$ 7,2 bilhões, segundo o Banco Central (BC) o rombo dos municípios gira em torno de R$ 10,9 bilhões, em doze meses, até outubro. É bem provável que muitos prefeitos desistam da reeleição, por causa de rasto de dívidas e demandas não atendidas.
Sem contar que o governo federal anula a desoneração da folha de pagamentos criando mal-estar tanto no setor empresarial como no próprio Congresso Nacional. Para criar receitas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entra com medida provisória (MP) com consequências terríveis para o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo, apesar da boa vontade do ministro.
O ministro Haddad é o último reduto moral, dentro do atual governo, por incrível que possa parecer, com capacidade de negociar dentro do Congresso Nacional. Pelas mentiras contadas no decorrer desse ano em curso, o governo federal encontra-se impossibilitado de apresentar qualquer proposta ao Congresso que possa ser levada a sério, o que é profundamente lamentável.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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