A PEC da anistia se transforma em uma barafunda excrescente
Velhos vícios, trapos remendados 19/08/2024
Se pegarmos a Pec da anistia, as emendas orçamentárias de deputados e senadores, com falta de transparência, verdadeiro afrontamento ao princípio da harmonia entre os Poderes e respeito à inteligência do brasileiro comum, aliado a prepotência do PCC e sua incursão na política, nos últimos tempos, teremos uma verdadeira celeuma civil sem menor condição de redirecionamento apaziguador.
Em outras palavras, nos falta compreensão, harmonização, peremptoriedade, respeito ao outro, uma carga aplausível de humildade, reconhecimento dos nossos limites, um pouco mais de atenção a quem nos fala, créditos aos nossos interlocutores e verdade nas propostas que fazemos e recebemos por mais simplório que seja o assunto, decididamente, uma dose real de caráter.
O ministro Flávio Dino tem razão quando suspendeu, monocraticamente, o pagamento das emendas, atitude ratificada pelo plenário do STF, sou um dos críticos do atual momento daquele Poder, por seus muitos devaneios, mas não posso deixar de frisar uma ação tão assertiva quanto essa do ministro, em defesa da nossa Constituição e sua clarividência, um lírio na correnteza.
É chegado o momento de tirar as armaduras, deixar as armas em um canto qualquer, sentar no entorno de uma mesa oval e os três Poderes, sem nenhuma vaidade colocarem os pingos nos is, em uma atitude insólita, tentarem um acordo de cavalheiros, em nome de uma República, que ainda é democrática, acalmar os ânimos, em um novo pacto voltarem a respeitar o que preconiza nossa Carta Magna.
Restabelecido a harmonia entre os Poderes, ficará mais fácil contornarmos os desvios de condutas nos seus respectivos redutos, certamente a proposta orçamentária para 2025 será entregue ao Congresso até 31 do corrente mês, com todas as despesas supérfluas serão cortadas e voltaremos a sonhar, como antigamente, com o Brasil do futuro que tanto brigamos por ele!
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