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Foto do escritorGenival Dantas

A crise foi feita para desenvolver e crescer







O fato sem politicagem 21/03/2022



Há uma teoria no meio capitalista que as crises vieram para testar a capacidade dos empreendedores e os oportunistas de plantão, isso ocorre em todos os sentidos e mercados quando é necessário que o homem possa colocar sua inteligência em jogo. Acabo de ler um artigo, no Espaço Aberto, página A-4, no Jornal O Estado de São Paulo, desta data, intitulado “O Brasil, o trigo e a guerra na Ucrânia”, autoria do presidente da Embrapa, Celso L. Moretti.


Esse artigo é muito oportuno pela sua clareza e objetivo, dando-nos ciência de uma realidade que por vezes passa despercebida, mormente, nesses momentos em que a grande imprensa se preocupa muita mais com os principais fatos que nos cerca deixando em segundo plano aquilo que aparentemente não tem muita importância, entretanto, é de capital importância tudo aquilo que é relevante e se encontra ligado ao aspecto principal que é o conflito no Oeste Europeu.


Moretti nos sinaliza em direção a um contexto que devíamos focar com muita insistência, principalmente naquilo em que somos dependentes e no que nos sobra nesse momento de extrema preocupação de todos os países nas suas premências de alimentação e fornecedores com capacidade de suprimento com reais possibilidades de sustentação em época de crise, caso específico do momento que atravessamos e um quadro duvidoso como a surgir no horizonte,


A realidade nos é favorável, mesmo tendo um governo negacionista, de capacidade mediana na sua administração limitada, de difícil entendimento político, nenhum recurso diplomático que possa lhe facilitar nas negociações internacionais, complicando até a relação dos nossos diplomatas mais experientes que tentam, de alguma forma, superar essa deficiência governamental reconhecida na diplomacia dos demais países que figuram no top das relações internacionais.


O que nos interessa realmente é que temos um país de extenso território com terras agricultáveis, até agora mantemos 2/3 dela em estado nativo, portanto, ainda a ser explorada, mas não temos necessidade nenhuma de usarmos esse recurso para ampliar nossa capacidade produtiva, no plano da agropecuária, com introdução, inclusive de novas culturas, que possam vir a suprir nossas carências efetivas e ampliar o suprimento para outros povos.


Esse conflito, guerra mesmo, invasão criminosa da Ucrânia pelos russos, veio nos mostrar nossa dependência de insumos para o fabrico e uso dos agrotóxicos e fertilizantes, dependemos de 40% do potássio produzido pela Rússia, estamos negociando fornecimento maior de outros fornecedores, ademais, temos levantado a hipótese de substituir o produto pelo pó de rocha, além de fazermos uso dessa matéria nos possibilidade exportar para países mais próximos e necessitados.


Essa possibilidade real nos garante a produção em maior escala do trigo, soja, milho etanos, suco de laranja, proteína animal e o biodiesel. Assim sendo, além de alargarmos nossas fronteiras de exportação das nossas commodities agropecuários, nos torna sustentáveis, nos transformando, definitivamente, no grande celeiro para alimentar boa parte da população que vai necessitar de fortes fornecedores para o futuro imediato.


Não podemos esquecer, o agronegócio representa 25% do nosso PIB e um dos poucos setores que tem operado positivamente nos últimos tempos, somos tradicionais produtores de grãos e a agricultura sempre foi nossa vocação. A indústria de base, terciária e de transformação é necessária para expansão dos nossos negócios, entretanto, temos que priorizar o básico na vida, que é, sem dúvida, os meios de sobrevivência, focando a alimentação básica.
















Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista



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