Viver sob fortes emoções é para políticos de impudência absconsa (10/07/2021)
O Fato Sem Politicagem 10/07/2021
Andam tentando colocar a Democracia brasileira em verdadeira camisa de força tamanha são as arbitrariedades cometidas por quem deviam zelar pela nossa liberdade maior. O que causa estranheza é exatamente a falta de atenção por parte dos Poderes constituídos que andam solapando suas colunas de sustentação de forma vil e criminosa ao mesmo tempo, no momento não vejo nenhuma voz a defendê-la de forma corajosa e atuante.
Partindo do pressuposto que o maior cargo, em termos de importância, é o do presidente da República, seu inquilino em curso tem praticado as mais belicosas e insanas atitudes, no cargo, tudo em nome de Deus, da família e da dignidade, verdadeiro festival de melodias dissonantes em um festival macabro realizado em ilha do fim do mundo sob o auspício de noite de lua minguante e céu carrancudo encoberto por nuvens carregadas e escuras, tragédia pura.
A última semana foi carregada de muito ódio e rancor entre os políticos de todas as correntes. Bolsonaro nas suas costumeiras bazófias, carregando no seu português chulo, depois da petulância da CPI do consternamento, ao pedir explicações ao presidente Bolsonaro, sobre seu comportamento, ele simplesmente em resposta, manda avisar que fará necessidades fisiológicas sobe a solicitação e jogará fora para não sujar seu vaso sanitário.
Bela expressão para quem exerce um cargo público e de relevância no nosso país. Ainda não satisfeito, aos berros, argumento com jornalista, que caso a eleição de 2022 não tiver o testemunho do voto impresso ela não se se realizará. Belo discurso para quem governa um país Democrático e Republicano, cujo povo o elegeu nas últimas eleições com 57 milhões de votos e que o mesmo presidente continua reclamando da falta de lisura no último pleito.
A situação já era penosa para o presidente, com pesquisas feitas nos últimos dias, tudo bem que foi por jornal que não tem o menor apreço ao seu governo, mas se trata de um levantamento junto aos eleitores; o conceito do presidente junto ao eleitorado vai de mal a pior, sua aceitação é a pior possível e sua desaprovação já beira os 60%, isso prova que para cair no despenhadeiro basta um sopro de vento fraco, mesmo assim o presidente se sente um angu sem caroço (sem desaire).
Mais ainda, o Congresso nacional, nas pessoas do presidente da Câmara e do Senado, por consequência do próprio Congresso, deixam bem claro que não admitem qualquer retrocesso na nossa Democracia e que é uma questão constitucional, portanto o presidente passa a correr o risco de jogar fora o apoio dos dois presidentes das duas casas e por consequência ter o pedido de impeachment aceito, vários estão dormitando e formidando nas gavetas do presidente da Câmara.
No meio do tiroteio de bravatas e desconexos oito partidos políticos, que sempre estiveram em cima do muro, subscreveram nota de agravo ao pensamento político de quem vai contra a Democracia, não havia necessidade de personificar, já sabemos a quem era dirigida, entretanto esses partidos estão quase sempre emparelhados com quem fica com a maioria, dessa forma a posição desse pessoal não tem muita relevância no varejo, porém faz alvoroço no atacado.
Relevância mesmo foi à atitude do advogado Paulo Faria, corajosamente faz petição com pedido devidamente fundamentado acompanhado de farta documentação, endereçada ao PGR tratando de uma Representação Criminal, contra o ministro, Alexandre de Moraes, quando pede a prisão em flagrante por crime inafiançável de tortura, por esse ministro ter prendido ilegalmente o deputado Daniel Silveira, em 16 de fevereiro último e por suposto crime inafiançável.
Não satisfeito em 24 de junho, próximo passado, o ministro Alexandre determina novamente a prisão pelo réu ter supostamente violado a prisão domiciliar, não obstante ter concedida e fixada fiança de R$ 100 mil reais por um suposto crime inafiançável. Uma cota entre amigos do advogado foi feita no valor corrente, entretanto, a conta indicada para depósito judicial estava em desacordo, ficando a fiança sem cobertura. Dessa estrovenga se decorreu o pedido de prisão do ministro.
O desenrolar desses fatos vai nos posicionar como anda as relações entre os três Poderes mais o adensamento nessa argamassa, da Procuradoria Geral da República. O que temos verificado é que há muita fiação nessa construção do tabuleiro Republicano, se tivéssemos um organograma mais enxuto, com menos sobreposições, até com economia de caciques, certamente, os problemas de comandos seriam amenizados e muitos caminhos encurtados, com custos razoáveis.
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