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Foto do escritorGenival Dantas

Vaquinha de presépio fora do natal é quimera dupla (03/08/2021)






O Fato Sem Politicagem 03/08/2021


Quem já trabalhou ou trabalha na administração de uma empresa, departamento, setor, qualquer que seja a organização, no poder público ou privado, sabe perfeitamente que não progride ou subsistem ao clima de desordens, empáfias, mentiras continuadas, desleixos, intrigas e principalmente relações construídas sobre um lastro de ódio. Todas essas variantes se constituem em verdadeiro desafio para, primordialmente, aquele que busca um ambiente de equilíbrio e produtivo.


É fato, o bom administrador (gerente) é aquele que consegue resultados através de terceiros, esse é considerado hoje o grande líder, o executivo da vez; há outros que não conseguem realizar bem uma determinada tarefa mesmo sendo ele o executor do trabalho, alguns aspectos levam a essa curiosa ação, na maioria das vezes ocorre por absoluta falta de jeito, forma inadequada para seguir alguns passos, até mesmo falta de conhecimento, mais profundo, do trabalho realizado.


O que vem ocorrendo nos últimos 30 meses em nosso país é uma situação análoga ao homem colocado no cargo errado, até mesmo promovido sem a devida competência apurada antes da posição tomada. Quando você é indicado para determinadas posições, apenas por compadrio, em atenção da sua simpatia, pelo seu farto repertório de piadas, muitas das quais, fora de propósito, quem o indicou incorre no risco de se queimar e, de tabela, imiscuir o apadrinhado.


Quando começou a ser comentário corrente, na sociedade brasileira, que o atual STF foi composto por pessoas, muito embora doutas, foram ali colocadas para responder aos anseios do Poder Executivo, confesso que inicialmente entendi como exagero do público, mas com o passar do tempo e a falta de isenção, em algumas situações, e por personagens diferentes, passei a não mais duvidar daquela história que se fez recorrente na boca do povo.


Passada a metade do tempo da gestão Bolsonaro, no Executivo, com os inúmeros impropérios do presidente da República, contra tudo e todos, mais ainda, com o desastre que vem sendo sua administração pública, a facilidade que Bolsonaro tem fazer desafetos, transformando apoiadores em inimigos, só posso acreditar, nós eleitores de 57 milhões de votos, colocamos o homem errado no lugar errado para exercer um cargo que não lhe compete.


Aos poucos os três Poderes da República foram se desgastando, com acusações sérias e desconexas, os erros apontados, entre eles, foram se constituindo em verdadeiras armas de guerras, o respeito passou a ser ignorado pelos seus componentes, na sequência as instituições passaram a ser agredidas, se junta aos dois Poderes já citados o Legislativo, mesmo renovado, nada mudou depois das últimas eleições, pelo contrário, vem piorando.


Hoje temos um presidente arengueiro, possuído de farto material de intrigas, se prestando a criar áreas de atritos com insinuações e posições contrárias ao que é lugar comum (caso específico das urnas eletrônicas) levantando bandeiras por coisas que não faz parte do dia a dia de um líder político, tendo ele tantas atribuições importantes e inerentes ao seu cargo. Fica o presidente fazendo picuinha com o STF e TSE, como se o país não tivesse tantos assuntos pendentes.


Essa situação belicosa que Bolsonaro nos meteu é no mínimo surreal, querer trazer para hoje um problema que poderá surgir no próximo ano, desafiando os Poderes, incitando o eleitor menos esclarecido a tomar posição, comprando sua briga, uma briga que não existe, ela poderia ser colocada aos olhos da lei, questionando sua existência ou não, parece até a compra da vacina sem ter sido comprada, mas se existisse a compra seria o maior caso de corrupção do Brasil.


A intolerância e o desespero das nossas autoridades têm levado o destino do país ao irreal, ao mundo do faz de conta, parece-me aquelas história escritas por Monteiro Lobato, que nos fazia viajar por terras, rios e mares, em busca de ilusões perdidas sem nem mesmo tê-las vivenciado em nenhum momento. Dessa forma, me nego a ser essa vaquinha de presépio que os políticos querem nos transformar para deleite de seus caprichos.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista







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