Velhos vícios, trapos remendados 03/06/2024
Seria o ideal que o governo tratasse as operadoras dos planos de saúde de forma absolutamente respeitosa, colocando em primeiro lugar seus mal tratados beneficiários, objetivamente os mais idosos, aqueles que vêm caminhando por muito tempo ligado a um plano e de repente é cortado da sua lista de beneficiado apenas por ele não representar mais um número positivo para aquele empreendimento.
Que não fosse o Ministério da Saúde pelo menos a Agência Nacional de Saúde Suplementar, deveria tratar esse assunto tão relevante, principalmente para os idosos e aposentados, que vivem miseravelmente com suas aposentadores e pela necessidade recorrente é obrigado a pagar um plano de saúde para ter um atendimento mais pontual, com respaldo nas situações mais graves.
Temos acompanhado pelos noticiários que muitos beneficiários estão tendo seus contratos cancelados, unilateralmente, as alegações são as mais diversificadas, mas sempre levando em consideração que aquele contrato antigo não vem se justificando comercialmente falando, que as operadoras estão com seus custos defasados, principalmente os individuais e familiares.
A miríade de contribuintes é enorme, ademais há os planos coletivos que devem, de certa forma subsidiar os custos dos planos individuais, é para isso que existem planos diferenciados cujos reajustes não são equânimes, os departamentos de custos foram implantados para distinguir e reavaliar certas distorções, o que não se deve fazer é condenar ao ostracismo uma classe já tão vilipendiada pela sua condição.
Mesmo sendo descriminado dentro desses planos de saúde o governo concedeu um aumento, para esse ano, de 6,91%, os novos valores são sempre apresentados e cobrados e não temos para quem reclamar, o governo federal faz de conta que o assunto não é com ele e assim vamos convivendo com mais uma humilhação, entre tantas, até que a indiferença do governo nos elimine por decreto, é o que falta.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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