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Foto do escritorGenival Dantas

Todos nós merecemos a felicidade

Atualizado: 19 de jan. de 2019



Estamos encerrando o ano de 2018 envolvidos numa atmosfera de muita expectativa, no decorrer do ano em curso não faltaram emoções, tivemos por várias vezes a sensação que esse seria interminável, não chegamos a tanto, mas, o sofrimento pela insegurança jurídica que estávamos, como ainda estamos passando, ficamos por muitas noites brigando contra a insônia e os pesadelos que nos assaltavam e nos assaltam nos intervalos de curtos cochilos.

Alguém deve perguntar qual a razão de tanto envolvimento nos problemas de ordem jurídica e política que atravessa o País.


É evidente que sou apenas um brasileiro como são todos os meus contemporâneos, entretanto, como passei a vida absorto nos problemas de ordens pessoais e sendo de uma geração tumultuada na área política quando tivemos ou sofremos o reflexo direto do golpe, em 1930, de Getúlio Dornelles Vargas.


Sua renuncia e eleição com retorno ao poder, culminando com sua morte em 1954; de conformidade com a história e uma carta escrita pelo próprio presidente da República, suicida, tivera ele tomado à decisão do ato fatal por que naquele momento ele estaria saindo da vida para entrar na história. Getúlio Vargas foi um presidente populista apoiado pela classe trabalhadora e para ela dedicou sua vida política.


Em janeiro de 1956 assume a presidência da República, um mineiro popular, Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex-governador de Minas Gerais e cheio de ideias inovadoras, implantando o parque industrial nacional, dando ênfase às montadoras automobilísticas e indústria branca, eletrodoméstica. A ideia vinha desde a época do Império na gestão de Dom Pedro ll e foi o Juscelino que transferiu a Capital Federal, do Rio de Janeiro para o planalto central, Brasília.

Mesmo com todos os feitos ele, Juscelino, não fez seu sucessor, tendo assumido o governo em janeiro de 1961, outro populista, ex-governador de São Paulo Jânio da Silva Quadros, tendo renunciado em agosto do mesmo ano, não completado oito meses no cargo. A sequência não só sabemos como terminamos ajudando a fazer a nossa própria história. A democracia plena teve um hiato entre 1964 até 1985, esse período foi administrado pelos governos militares.


De lá para cá muita coisa aconteceu com a nossa Nação, depois de três presidentes, surge no cenário da política nacional, o operário Luiz Inácio Lula da Silva, fundador do PT (Partido dos Trabalhadores) e em janeiro de 2003, esse, assume a presidência da República, pelo voto direto, ficando até janeiro de 2011.


A gestão do governo Lula (PT) foi muito conturbado, parte dos membros da diretoria do partido e alguns dos seus ministros foram denunciados por corrupção, a nossa maior empresa na área petrolífera foi praticamente saqueada, desvio de dinheiro por alguns diretores em parceria com membros de outros partidos políticos aliados; a construção pesada foi de um rebento tão grande quanto na Petrobrás, hoje considerada uma das mais endividadas no mundo.

Outras empresas também se envolveram no esquema de desvio de dinheiro, notadamente a BF setor alimentício, muitos empresários foram presos juntamente com políticos de confiança do presidente Lula como, ministros, senadores e deputados.


O ex-presidente Lula em abril do corrente ano foi condenado em segunda instância foi recolhido pela Polícia Federal, lotado em Curitiba/PR; onde começou o processo da Operação Lava Jato, nome dado a um esquema de corrupção, outros processos estão sendo julgados, sendo o ex-presidente Lula passível de outras condenações, elevando o número de anos que hoje é de 11 anos.


Portanto, assume a presidente da República, janeiro de 2011, uma colaboradora sua e eleita pelo seu partido PT Dilma Rousseff, a primeira presidente eleita em nosso País, ficando no cargo até agosto de 2016, sendo afastada do cargo na sequência sofre o impeachment, assumindo o cargo o seu vice-presidente Michel Temer que ficará até janeiro de 2019, próximo ano.


Com o resultado das eleições sendo eleito o opositor, dentre vários, Capitão Jair Bolsonaro com posse prevista para primeiro de Janeiro próximo. Trata-se de um Deputado Federal com 28 anos de Câmara Federal, eleito por um partido pequeno sem apoio financeiro, se constituindo numa das mais simples campanha à presidente nos últimos tempos. Esse candidato e hoje presidente aproveitou as redes sociais para fazer sua campanha numa linguagem corajosa e bem próxima a linguagem do povo, num universo de 100 milhões de votos, teve uma diferença a seu favor de 10 milhões.


Tendo o novo presidente origem militar montou um ministério mesclado de civis e militares com a promessa de retirar do buraco onde nos encontramos, devolvendo o País aos brasileiros sérios e honestos, recuperando a dignidade do nosso povo; dará prioridade à segurança pública, saúde, educação, economia e mobilidade, estimulando as exportações sem, entretanto, esquecer-se do mercado interno, com objetivo maior na recuperação do emprego, hoje o País conta com quase 14 milhões de desempregados distribuídos por vários setores da economia.


O brasileiro fez a opção nas urnas pela direita, mesmo não sabendo o que vem pela frente, apostou na esperança, cassando a esquerda famigerada na delinquência, dela, à esquerda, o brasileiro já sabia que reconduzi-la ao poder Central do executivo além do Legislativo, era passar um atestado de incompetência.


Acreditamos que o Brasil ainda tem jeito, vamos aguardar os primeiros resultados da nova administração, torcendo para que os três Poderes constituídos. Executivo, Legislativo e Judiciário assumam seus papeis na sociedade com alinhamento e justiça: o Executivo trabalhando em benefício dos mais necessitados, sem privilegiar ninguém, o legislativo fazendo as Leis claras e objetivas, ficando o Judiciário sendo efetivamente guardião das Leis, sem invencionices, e que todos nós tenhamos um novo ano de realizações.





Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

genivaldantas.com.br

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