A semana 20/25, próxima passada, foi recheada de provocações entre situação e oposição, com farpas para todos os lados, culminando, dia 26, com a anunciada manifestação a favor das duas iniciativas do Governo Bolsonaro, Reforma da Previdência e da Segurança Pública, tema que vem se arrastando desde fevereiro, mês da abertura dos trabalhos no Congresso Nacional, e resistência do Legislativo, chegando à exaustão da paciência dos envolvidos e o público que esperava ações mais efetivas e não extrapolassem o limite da razoabilidade.
Com a Câmara dos Deputados reagindo negativamente aos projetos encaminhados pelo Executivo, aprovado apenas, pela Câmara, o da Segurança Pública, assunto pautado na Medida Provisória que trata da reforma Ministerial com vencimento para 03/06, próximo, caso não passe pelo Senado Federal, com restrições, retirando do Ministro Sergio Moro o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), deixando-o em seu lugar de origem, Ministério da Economia, pura implicância de alguns Deputados de oposição com o titular da Pasta da Segurança Pública, Ministro Sérgio Moro, que vem atuando de forma corajosa, mas sem ser excludente, dessa forma, por medo ou receio da pena da caneta do Ministro, atuaram com vetores deixando ausente a presença daquele que é julgado pela esquerda como o carrasco da Praça dos Três Poderes e seus tentáculos.
Havia uma preocupação muito grande se aquele movimento apoiado pelo Executivo seria conveniente ou não, caso fosse um fiasco a oposição subiria de tom e seria um desastre para o Governo, caso fosse positivo, Bolsonaro levantaria o nariz e passaria a se sentir o rei da coalhada seca, tornando as coisas mais difíceis o relacionamento com o Congresso. Graças aos bons ventos, tudo transcorreu de forma absolutamente dentro da legalidade, os temas abordados foram de ordem democrática, sem excessos, até mesmo a rejeição do povo pelo Poder Judiciário e Legislativo, foi evitada, alguns poucos casos de desavisados, embate com os esquerdistas, ficou reservado ao plano isolado, diferentemente do movimento patrocinado pela esquerda, em semanas anteriores, que foi de arruaças, depredação do patrimônio público, ateando fogo em carros e outros bens que fossem encontrados pela frente.
No decorrer dos atos, da direita, em todos os Estados, Capitais e Distrito Federal, se observou um movimento ordeiro e equilibrado. Muito embora o Presidente Bolsonaro venha se comportando de forma atabalhoada, principalmente nos seus pronunciamentos, muitas vezes falando fora de hora, anunciando propostas que não se coaduna com o pensamento dos seus auxiliares, causando, dessa forma, verdadeiros constrangimentos até mesmo para ele, tendo que rever posições, silenciando uma massa de apoio que já foi maior e bem mais consistente. Tem momentos que o Capitão se apresenta como um Recruta Zero, com todo respeito ao nosso Presidente, apenas um ponto de vista, como se a política o fez esquecer todos os ensinamentos da Academia Militar e sua relação com a caserna. Fico imaginando a dificuldade que há entre o Presidente e seus comandados diretos, dentre eles os Generais acostumados à vida disciplinada, sem escorregões ou sobressaltos, até mesmo os civis, atentos com suas posturas sem atropelos ou ações dúbias.
Com todas essas incongruências o público Bolsonariano lhe foi fiel demonstrando sua gratidão pelo que pode vir de positividade em seu governo, muito menos pelo realizado, prevalece à confiança na sua postura de integridade moral, deixando de lado, até agora, a operacionalidade. Muitos aliados que anunciaram ausência nos atos públicos recuaram e tiveram seus discursos modificados demonstrando apoio e pedindo desculpas pela avaliação feita prematuramente. Nesse caso, podemos destacar a Professora e Deputada Estadual Janaina Conceição Paschoal, PSL, mais de 2 milhões de votos na última eleição, foi até cotada para fazer parte da Chapa que elegeu Bolsonaro, em determinado momento foi de opinião contrária ao movimento do último dia 26. Espero que ela mantenha a coerência, lutando pelo Brasil, como afirmou e sempre se portou, Bolsonaro é uma nuvem passageira que num simples vento norte se esvai, e alguém assume seu lugar, como sabemos rótulo ou título não se traduz como conteúdo e nem se transforma em tal.
O apoio que o Governo teve não é motivo para ficar ostentando popularidade, a peleja ainda não acabou a Nação está dividida entre os reticentes, contrários e apoiadores, a oposição vem marcando presença, não pela moral que ela tem, junto ao eleitorado, muito mais pela ineficiência do próprio Governo que vem sendo refém dos seus escorregões verbais, por conseguinte, dependente do humor do Congresso, dos Presidentes das duas Casas, a esquerda abominável e o Centrão da disritmia de evolutiva decadência. Se não ocorrer um acordo entre os três Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, não haverá governabilidade que se sustente, a lona e mastros do circo cairão sobre o picadeiro, o espetáculo se transformará numa triste sessão de horrores, sem o fechar das cortinas e epílogo.
Uma triste sina para um povo tão machucado pelos Governos dos últimos 34 anos, de queixumes, desesperanças, idiossincrático do perjuro político, devastada administração demeritória e recalcitrante corrupção, aguçada nos últimos 16 anos pela proeminência da gula, pelo erário, do PT (Partido dos Trabalhadores), aliados políticos e empresários corruptores cognitivos.
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