Novo governo velhas práticas 07/03/2023
Quem nasceu, assim como eu, no início dos anos 1953 não pode ser considerado um privilegiado em termos de comportamento político em um país de agitações e de uma população tida como ordeira, mas politicamente mal informada acreditando nas boatarias, portanto, convivendo com os politiqueiros de plantão dominante dos governos situacionistas, moldados tanto pela Esquerda como a Direita populista, com raras exceções.
Dentro desse contexto convivi com situações de extrema gravidade, passando por um governo, considerado pelos historiadores independentes, qualificado como um dos mais importantes no aspecto democrático como desenvolvimentista, comparado apenas ao longevo governo do imperador Dom Pedro ll, o segundo e último imperador brasileiro, tão respeito pela opinião pública nacional e internacional de forma absolutamente cristalina, governo do presidente Juscelino Kubitschek, final dos anos 1950.
Fomos atingidos por um movimento esquerdista, quando o socialismo/comunismo russo, patrocinador do governo cubano, tentou implantar seu sistema em nosso país, sendo debelado pelo contra golpe militar apoiado pela sociedade civil que pedira a interferência, principalmente do Exército brasileiro, nos afastando, pelo menos por um longo período, 21 anos, das mãos dos tiranos esquerdistas, que podia ter representado um quadro negro em nossa história política.
Retornamos, depois desse hiato, ao estado pleno da Democracia, mesmo que circundado por políticos da Esquerda e da Direita, sempre fazendo alternância de governos, com dois partidos se alterando no Poder, procurando fazer da Democracia uma Âncora protegida pela corrupção deletéria, prejudicial ao povo inebriado pelas promessas levianas das duas correntes, que tentavam passar à população sendo antagônicas, quando eram comparsas e mentirosas.
Tanto o PT quanto o PSDB governaram por um longo período, em momentos diferentes, porém acobertando suas falcatruas enquanto governo, quando a corrente foi quebrada por um político, considerado do baixo clero, sem nenhuma expressão maior, politicamente. De repente, mais do que de repente, como disse o poeta, aparece Jair Bolsonaro, enganando os números das pesquisas eleitorais e derruba as duas correntes, se tornando um presidente independente.
Aquilo que poderia ser um acontecimento trazendo muitas glorias ao país, aos poucos foi se transformando em uma peça decorativa para o Brasil, sem nenhum poder de comando, uma liderança falha, com uma narrativa pobre e ações de pouca criatividade, aos poucos foi terceirizando o Executivo, quando, definitivamente, em troca da governabilidade passa o comando ao famoso Centrão, grupo de políticos formado dentro do Congresso Nacional.
Assim, Jair Bolsonaro foi responsável pelo retorno ao Governo Central do grupo mais corrupto que esteve no comando do país, o Lulopetismo, uma sociedade quase criminosa, com grande parte dos seus componentes sendo condenados e presos por crime de corrupção, ativa e passiva, formando verdadeira quadrilha dentro do governo, como maior seque a descoberto dos cofres da maior estatal brasileira, com rombos bilionários nas suas gestões, por 16 anos.
Nos meus 70 anos, fui testemunha ocular dessa história triste e lamentável, de um país que com tantos percalços não transformou seu eleitor em uma pessoa desconfiada, continua não sabendo votar, com o seu voto, talvez não, há dúvidas quanto aos resultados das urnas, mesmo assim, o brasileiro é responsável pelo retorno ao Poder do maior mitomaníaco, corrupto e marginal, que já passou pela presidência da República do Brasil, trata-se de Lula da Silva, o sujeito abjeto.
Para tentar entender esse imbróglio, participei da política, diretamente, chegando a exercer o cargo de presidente de um pequeno partido, por um curto período, confesso que o que pude observa lá de dentro foi de dar azia em antiácido, indico aos que não gostam de conviver com o que há de mais horrendo, não entre na política, ela é simplesmente sórdida e implacável, por isso é tão difícil de encontrar alguém que queira se juntar aos políticos em atividade, raras são as exceções.
Se tivesse alguma forma diferente de administrar um país da nossa pujança, de tantas riquezas naturais, até ia procurar colaborar com a administração pública. Entretanto, no auge dos meus 70 anos já me sinto desestimulado para tal sacrifício, me resta continuar narrando, pela escrita, a minha experiência adquirida enquanto administrador e líder empresarial, contando que a nossa juventude possa mudar a nossa mentalidade nesse divisor de águas. Isso é um fato real.
Genival Dantas
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