O fato sem politicagem...........................................................................01/02/2022
Quem mora no Estado de São Paulo vem sentindo a fúria da natureza com toda sua agressividade, desde o começo do mês de janeiro temos sentido a gravidade da situação com os índices pluviométricos registraram números superiores à média para os períodos anteriores, com desabrigados e desalojados tendo que ser assistidos pela defesa civil.
Neste primeiro de fevereiro já somamos 24 mortos em 27 cidades, compostas na grande São Paulo e no interior. Os municípios mais atingidos pelas chuvas constantes e volumosas, mormente no último final de semana foram: Embu das Artes, Arujá, Franco da Rocha, Francisco Morato, Jaú, Ribeirão Preto e Várzea Paulista, que até agora contabilizam seus prejuízos.
Interessante como as autoridades são procuram resolver as questões quando não se pode mais se antecipar as ocorrências propriamente ditas, faz tempo que os serviços de meteorologia vêm anunciando essa onda de tempo chuvoso e nenhuma ação foi feita no sentido de procurarem se antecipar as tragédias anunciadas com um trabalho preventivo.
Não adiante nos nortearmos por estações passadas, o clima já não é mais o mesmo e faz muito tempo, a situação vem se agravando na proporção que a insensibilidade humana tem praticado tolices para com o trato do nosso meio ambiente, em verdadeira provocação, com limitações impostas com derrubada das matas e queimadas além das possibilidades naturais.
Se viéssemos trabalhando com responsabilidade no entorno das nascentes, às margens de riachos e rios, muitas mortes teríamos evitados e muitos desabamentos, desmoronamentos, esses transtornos podiam serem contornados com políticas públicas consistentes, principalmente planejamento urbano, levando as cidades para uma nova realidade ambiental.
Não adiante ficarmos culpando a natureza e os mais pobres, esses últimos só sobem os morros, ficam nas encostas ou margeiam os rios por absoluta falta de opção, sempre foi assim e esse não muda desde à época da nossa interiorização. Quando as cidades vão crescendo os mais pobres vão sendo empurradas das áreas mais nobres e sendo despejados na periferia.
É muito bonito ver as moças e rapazes bem arrumados falando nos telejornais sobre o tempo e suas previsões com palavras bem colocadas, dizendo que “a chuva que cai acima da média histórica, resulta da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), fenômeno que provoca uma banda de nebulosidade tão densa desde o Região Amazônica até o Oceano Atlântico…”
Acho tudo isso um luxo, entretanto precisamos de uma política nacional que nos tire desse lamaçal, da chuva e das perdas materiais e humanas, a paciência tem limites, estamos fartos de vermos a ausência de um presidente da República, nas horas mais difíceis, preocupado apenas com sua reeleição, governadores e prefeitos com ações retardadas.
Pelo último levantamento feito pelo então Instituto Geológico do Estado, foi contabilizado um número assustador, há 132 mil imóveis em área de risco de alto e muito alto, na Grande São Paulo, excetuando-se a Capital, essa precariedade só será evitada com a introdução de uma política e habitação popular, removendo toda população da área de risco.
Para que isso ocorra é preciso coragem e espírito público, estamos em uma fase propícia para que apareça um abençoado com projetos que essa situação esteja envolvida entre tantas outras necessidades para o povo sofrido da área urbana, o que temos visto e ouvido são repetições de discursos demagogos, sem nenhuma proposta decente para o povo.
Para alguém um pouco mais esclarecido não precisa ir procurar pelo em ovo, basta buscas as necessidades prementes que o brasileiro tem e fazer exatamente o que é mais crucial, o resto é retórica política que nada acrescente ao povo pobre do nosso país, chega de conchaves e negociatas procurando apenas o bem-estar de quem já está muito bem obrigado.
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