O fato sem politicagem 09/11/2022
Os discursos apresentados até agora são recheados de assomos cujo contexto recria uma peça teatral, sem um enredo factível, protagonistas já testados, um diretor cooptado pelo crime da corrupção, entregue às benesses do Poder, com uma cantilena que remonta aos tempos dos sindicatos emponderados na grande São Paulo, vivendo do sortilégio emanado pela onda do crescimento no Brasil da indústria automobilística e seu entorno.
Efetivamente não temos vividos um grande momento de felicidade plena, quero crer que o período pós Constituição de 1988, não foi aquilo que se esperava com renovações políticas e propícia a um país que busca sua posição no mundo Capitalista e Democrático, saindo do marasmo que sempre nos acompanhou por todo o sempre, até tivemos uma certa evolução, mas a praga da corrupção tem nos mantido longe de um crescimento permanente.
Todos sabem e não preciso me alongar muito nesse tema, o Brasil tem suas riquezas naturais, uma terra abundante e na sua maioria agricultável, água em abundância e sol por todo ano e estações diferentes, o legado da natureza é simplesmente fantástico, não podemos reclamar, estamos passando do estágio de um país celeiro do mundo para uma nação a caminho da industrialização, depois da segunda grande guerra estamos perseguindo esse destino.
Infelizmente, o que nos atravanca é a índole dos políticos brasileiros é conhecida, na sua maioria, como elementos que buscam se beneficiar dos cargos que ocupam, com desvios de finalidades, quando deviam, assim entendo, se debruçarem nas suas tarefas em busca de melhoramentos para o povo brasileiro e sua consequente evolução. O último resultado nas eleições para o Executivo Federal fez o brasileiro sangrar, gerando conflitos na população.
Tivemos uma eleição combativa e combatida, havia sem dúvida uma divisão compreendida entre duas correntes que lutaram até seu final, em clara evidência de duas forças antagônicas, mas de propósitos bem definidos. O ex-presidente Lula levou a melhor sobre o atual presidente Bolsonaro, até aqui tudo bem, isso faz parte do jogo, entretanto, a sequência é que deixa o brasileiro tentando entender o que vem ocorrendo após o pleito.
Os correligionários do Bolsonaro alegam problemas em algumas urnas que podem definir uma indefinição até que seja feita uma auditoria por quem de direito, muito embora as militares tenham feito levantamentos com essa finalidade, mas até o momento só temos visto conjecturas, sem a devida apresentação de provas comprobatórias de algum erro, ou erros que possa ter aparecido, o que não se pode é ficar sine die, com expectativas frustrantes.
O atual governo se realmente perdeu e tem consciência disso deve fazer a passagem do cargo dentro do que manda a Constituição e se lançar em buscar de melhorar seu handicap junto ao seu eleitor fiel, fazer mea culpa naquilo que ele possa ter errado, durante sua gestão, e tentar sair candidato em 2026. Enquanto isso, o presidente eleito vai ter que sair do anfiguri sem adrede, evitando mais intempéries na cabeça do eleitor menos esclarecido.
Por conta desses desencontros e até falta de iniciativa das autoridades e os que tomam posições os fazem de forma tumultuada, passando a impressão que ninguém quer esclarecer nada, simplesmente que o circo pegue fogo. Nesse momento, estou decepcionado com os três Poderes, mais ainda, os militares, que representam o equilíbrio da nação, não se manifestam de forma tácita, repondo o Brasil nos trilhos para segurança de todos nós. Isso é um fato.
Genival Dantas
Editando: ...conferência.....necessária em qualquer.......envolva.......quando 210 milhões de pessoas.....
Boa análise. Difícil é dar como feito, um evento que se denuncia simplesmente pela insistência em não aprimorar o processo eleitoral, cerceando possibilidades de conferencia e aprovação necessária de qualquer movimento que envolve duas partes em disputa. Principalmente, quando 210 milhões dependem de clareza e segurança de decisão. Impossível ser obrigado a acreditar ou confiar em quem dilacerou a própria credibilidade.