Definitivamente, não estamos passando por uma fase positiva politicamente, nos últimos tempos, ou no começo desse século/milênio. Os sucessivos fatos desagradáveis que compõem nossa história recente é de deixar qualquer cidadão de inteligência mediano se achando o bobo da corte. Vejamos os consecutivos e peremptórios nos últimos 20 anos na nossa República Democrática, com a chegada da esquerda ao Poder Central e a mazela ocorrida na Pátria Mãe gentil.
Inicio dos anos 2000 e o mundo passou a conhecer um dos melhores períodos de crescimento na economia, no Brasil a má sorte se apodera da nossa política e somos premiados com a mais devastadora administração pública de todos os tempos, considerando os governos populistas de em todos os sistemas conhecidos. Enquanto os países se capitalizavam, nós os pseudos novos ricos, tão ricos que para ficarmos com o conceito de bons anfitriões passamos a financiar países miseráveis e pobres com o dinheiro público coletado pelos incautos operadores da máquina pública.
Esses novos senhores abjetos da dissimulação política, travestidos de novos fidalgos da República, incorporaram os espíritos de bons samaritanos, golpeiam de morte uma nação despreparada para o assalto súbito e inesperado de uma gang estabelecida no coração do Poder Central. Era a tomada da bastilha pelos caudilhos que vieram resgatar toda fortuna amealhada pelos governos de 500 anos de administrações anteriores.
E assim foi feito, saquearam os cofres públicos, ocuparam ministérios, secretarias, autarquias, empresas de capital misto, invadiram propriedades privadas, tanto no campo como nas cidades, só interessava aos devassos as terras produtivas e estocadas, com víveres à subsistência por longo período, na sequência abandonavam tudo e iam à busca de outras searas, sem antes tocar fogo nas terras devassadas. Esses intrusos eram conhecidos como sem terras ou cognominados de exército do sistema, contados em versos e prosas pelos comandantes das tropas voluntárias por entre os corredores dos palácios.
Sistema deposto pelo voto popular assume novo comandante o leme da nau quase afundada, era um capitão da reserva, pertencente ao baixo clero do Congresso Nacional, deputado por sete legislaturas e muitas controvérsias em seu currículo político. Era a solução que o Brasil tinha para assolapar os abutres da nação, houve uma união das correntes contrárias ao sistema petista de governar com seus aliados da esquerda alocada em diversos Partidos Políticos, popularmente conhecida como puxadinhos da República ou militantes da descompostura.
O sonho de refazer o país e torna-lo respeitável e respeitoso tanto externo como internamente foi uma mera ilusão, fomos novamente tragados pelo o engodo dos politiqueiros de plantão. Aquele que se passava por um novo paradigma da liberdade, segurança, confiança, desenvolvimento e ajuste moral, não passava de um novo protetor de vassalos, criador de caso, arengueiro, mal comportado perante o mundo, criando atrito com várias autoridades internacionais, praticamente fechando nossas fronteiras ao comercio internacional pela sua prepotência.
Internamente o mal só se ampliou, brigou com governadores, os Legisladores do Congresso Nacional, com a corte do STF; se indispôs como seu ministro, até então considerado o baluarte da Lei e da Justiça, o ex-juiz da Lavajato, Sergio Moro, transformado em Ministro da Justiça e da Segurança Nacional. Sergio Moro deposto a crise que já estava ameaçando o governo passa a ser turbinada com a chegada do Coronavírus e a demissão de dois ministros da Saúde, em atos sequenciais e por não concordarem com a intromissão do Presidente da República que nada entendendo de medicinal queria prescrever medicamentos e impor soluções sem cunho científico e medicinal para solução dos problemas gerados pela epidemia.
Para piorar o clima entre os Poderes da Nação o Presidente Bolsonaro tenta mudar o critério de fazer a contagem das vítimas do Coronavírus e é desautorizado pelo STF a fazê-lo; novamente vai de encontro ao sistema e alimenta a ilusão de substituir os Reitores das Universidades Federais, nos seus respectivos prazos e durante a pandemia em curso, manda ao Senado a MP 979, autorizando o seu Ministro da Educação Abraham Weintraub fazer as trocas necessárias, a MP foi simplesmente devolvida pelo Presidente da Casa, Senador Davi Alcolumbre.
Ainda se sentindo o poderoso da Corte, recria o Ministério da Comunicação e nomeia com Ministro do Deputado Federal Fabio Faria (PSD-RN), leia-se Centrão, arranjo basicamente caseiro, trata-se de deputado do meio da comunicação, com penetração junto ao Congresso, vindo do setor, mas tendo passagem pelos governos Lula e Dilma, em passado recente, proprietário de rádios, genro do comunicador e proprietária da Rede SBT, o empresário Silvio Santos, apoiador declarado do atual governo.
Esse último ato, do presidente, tem gerado desconforto na nova base aliada do governo e a tensão registrada nas últimas horas leva pânico à praça dos três poderes, colocando o país em orações, tentando u milagre e o Presidente volte ao seu normal, se conciliando com os demais Poderes, com o Brasil tendo pelo menos um final de semana em paz, no meio dessa guerra de números que não sabemos o que realmente anda acontecendo com a crise médica sanitária nos Estados que já se encontram com baixa resistência física para levar a cabo o final dessa tragédia agora conhecida como bolsonariana.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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