Nos últimos tempos temos convivido com fatos tão despropositados que numa situação normal não imagino qual seria o nosso comportamento social e político. Os tempos mudaram e com a mudança, que seria temporária, certamente trará reflexos para o futuro e a permanência de novos hábitos e costumes, com a supressão da crise, originária de outras três, fatalmente, nem tudo voltará ao seu estágio inicial com a mesma forma e valores absolutos.
O domador da caterva que diariamente cerca os jardins do Alvorada para observar seu domador passar, a caráter, revestido com adornos presidenciais e grita aos quatro cantos do planalto, aos microfones do mundo, tentando ser reconhecido como Presidente, o fato de sê-lo, por direito eleito, não lhe convence, nem mesmo os mais próximos o desconhece tacanho é o seu papel quando entra na passarela da fama.
O ator de poucos recursos tem o poder do encantamento do mágico de circo, consegue transformar tudo que é ruim em situações pioradas, depauperando os músculos vitais de corpos enfadados e exauridos de tanta incongruência. O planeta foi premiado pela natureza, ou não, há controvérsias, com a pandemia do Coronavírus, enquanto alguns governantes procuravam o isolamento social objetivando menores prejuízos com a vida humana, exceções feitas por alguns países tais quais, EUA, Itália, França e Espanha, mais conhecidos, além evidentemente do nosso país.
Aqui, com a participação brilhante do nosso presidente Bolsonaro e sua inteligência artificial, na tentativa de adivinhar o desconhecido profetizou que o brasileiro é um ser superior e por isso nada lhe afeta nem mesmo as pragas do universo. Sua premonição foi errada e o país paga por sua insensatez e destranbelhamento, hoje somos mais de setenta mil infectados e superamos os cinco mil mortos, caminhamos para números desconhecidos, por graça e risco do presidente Bolsonaro e outras autoridades de nosso país.
Os quatro ases são os quatro males que nos perseguem atualmente, o Coronavírus, problema médico sanitário, muito embora seja uma situação planetária foi pelo presidente turbinada; a crise econômica é decorrente das consequências diretas da primeira; a crise política surge pela beligerância provocada pela administração desastrosa do presidente Bolsonaro; a crise moral, tão cruel como as anteriores, é a vergonha maior que temos passado pelas palavras mal colocadas e nunca sustentadas, junto ao público, por um presidente desastroso e desastrado, intolerante para com seus opositores e até mesmo apoiadores.
Por absoluta negligência ou incompetência, talvez tudo junto e misturado, sua excelência o presidente da República, para piorar o já estragado governo, se propôs a detonar com seus auxiliares mais diretos e que estavam em mais evidência que o próprio presidente, dessa forma, eliminou do seu governo aqueles que representavam um risco para seu futuro político, demitiu o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, na sequência forçou a situação e o ministro da Justiça e Segurança Pública largou o barco, se demitiu e jogou o governo Bolsonaro em verdadeiro mar revolto, situação de difícil solução.
O presidente Bolsonaro que o julgo como um moringue de água morna, talvez um vaso de decoração duvidosa, ainda, um rio assoreado, para tentar manter seu governo ofegante, busca apoio do grupo político do chamado “Centrão”, agrupamento de congressistas sem nenhuma ideologia política, sem um discurso em linha reta, sem uniforme de identificação moral, apenas um aglomerado de pessoas que buscam ficar na situação de qualquer governo, direita, esquerda, o que melhor lhe aprouver, sendo o bastante o proveito político e financeiro como recompensa do seu apoio político.
Essa é a verdadeira situação do presidente em exercício, estima-se que com o grupo do “Centrão”, mais os 70 congressistas que ainda lhe apoia, o presidente Bolsonaro formará um grupo de 173 deputados na Câmara, o suficiente para evitar aprovação de qualquer pedido de impeachment, que possa ser colocado em votação, dos 31pedidos já existentes na mesa diretora da Câmara dos Deputados, situação difícil para quem esnobou o Congresso em passado ressente, alardeando que não necessitado do apoio do Congresso para governar o país.
Francamente, não posso prever como ficará essa situação tão periclitante para o presidente e o próprio país, agora ele virou refém do ministro da Economia, Paulo Guedes, jurando amor eterno até que a crise passe e ele volte com suas caneladas chutes e coices nos seus correligionários e apoiadores políticos, essa tem sida sua prática recorrente nos últimos 16 meses do seu governo. Que Deus seja louvado.
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