Velhos vícios, trapos remendados 05/09/2024
Nos últimos 74 anos o Brasil tem acompanhado a natureza aprontar com nossa gente, principalmente no tocante aos índices pluviométricos. Tenho lembranças do final da década de 1950, nasci no início daqueles anos, passei, portanto, por vários processos, hoje denominados de estiagem, pois eles se apresentam em várias regiões do território nacional; novos tempos linguagem perfeitamente ajustada.
Como sou nordestino, do alto sertão paraibano, região, assim como todo sertão nordestino, propenso aos longos períodos de ausência d’água, quando muito com chuvas, mesmo no período das águas, infelizmente essa situação foi expandida para o Norte do Brasil, Sudeste e até a centro Sul; em outras palavras, situação degringolada pelas dificuldades impostas pela nova situação.
Conforme estudos do Centro Nacional de monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) a situação é ampla e estendida, desde os anos 1990, provocando incêndios e à baixa recorde dos rios, com possibilidades de agravamento até novembro. O que tem dificultado o trabalho de bombeiros e voluntários, além da vegetação seca, são os incêndios provocados pelo próprio ser humano, intencionais.
Os prejuízos advindos dessa catástrofe natural e intencional são de elevados números, somente no Estado de São Paulo, fala-se em R$ 1 bilhão de reais, no agronegócio, sem contar com o atraso que virá com as safras que serão menores e com adiamento das colheitas, por conseguinte menor movimento na logística, comercio dos secos e molhados e dependentes desse setor econômico.
É bom salientar que esse momento é de muita cautela, quando até mesmo a Floresta Nacional (Flona), parte dela foi afetada com suspeita de origem criminosa, elevando o grau de secura do ar, acarretando mais problemas para quem tem precariedade no aparelho respiratório. Essa situação é recorrente em muitas cidades do nosso país, sem aparente previsão de melhora nesse caos humanitário.
Genival Dantas
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