Não tenho a menor dúvida que somos estigmatizados como corruptos e indiferentes à própria miséria que nos assola, por convicções e ausência de reações para com os impropérios e adversidades que sempre nos impuseram, estamos sempre fadados a sermos importunados e motivos de chacota por aqueles que se acham superiores mesmo sendo vira-latas.
Pela minha atividade, tenho buscado acompanhar o atual momento da nossa história da qual faço parte e de certa forma até atenho ajudado a fazê-la, dentro das minhas limitações, claro. Dentro das minhas críticas, tento fazê-las de forma imparcial, mas que reflita um pouco do consenso nacional e que sejam, sempre, de caráter construtivo e respeitosa.
Nessa corrida presidencial que já se manifesta de forma mais expressiva no meio dos Partidos Políticos de maior representatividade numérica e de cunho ideológico mais aguçado, tivemos a confirmação da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB), com assimilação pouco notada, principalmente, por parte do eleitorado ativo e formador de opinião.
Em outros tempos eu teria uma avaliação diferente do que venho observando, não pela mudança de caráter da nossa postulante, ela se mantém altiva, inteligente e técnica viável a qualquer cargo da República, entretanto, desde seu discurso quando do lançamento ela tem se apresentada de uma forma no mínimo diferente do habitual.
Tenho verificado que ela tem vacilado nas suas posições que eram tão firmes, hoje se apresenta como uma negociadora, talvez pela possibilidade de a sua candidatura não decolar, dessa forma, ter que partir para um plano B, com a chance de fazer aliança com outro nome, e esse sendo cabeça de chapa, especificamente com o PT, já ocorrido com seu partido.
Lembro ao caro leitor que da penúltima eleição, Michel Temer (MDB), foi eleito vice-presidente na chapa da Dilma Rousseff, não vou estranhar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não venha coligado com a senadora Simone, deixando de lado o pretendente Geraldo Alckmin, e esse ser apoiado pelo PT, ao Senado, tudo é uma questão de conveniência.
A senadora Simone (MDB) fez parte daquela fastidiosa CPI do Coronavírus, integrando o Grupo dos 7, cujo objetivo maior, daquele Grupo, era condenar o governo Bolsonaro e seus aliados políticos, esse processo continua em andamento, mesmo não tendo a repercussão desejada, inicialmente, ele continua vivo e latente, em busca do seu objetivo.
Em texto escrito, pela senadora Simone Tebet, no Espaço aberto, página A4, Jornal o Estado de São Paulo, desta data, 13/12/2021, intitulado “É preciso navegar porque navegar é preciso, ela foi enfática nas suas colocações, português rico e claro, termos bastante coloquiais, com sua métrica habitual, não tive dúvidas que, lamentavelmente, a senadora, pode, sim, vir a ser um nome em parceria com o PT, o que lamento profundamente, ela merece muito mais.
A senadora Simone tem uma vida pregressa dentro da política de muita lisura e polidez, nesse momento em que o Brasil precisa dos seus melhores valores para lutarem por um País mais digno, a senadora Simone pode prestar um desserviço muito grande ao Brasil. Se aliar com o ex-presidente Lula é no mínimo regredir dentro da política.
Por mais que o ex-presidente tenha conseguido sua elegibilidade via STF, ele continua sendo um ex condenado, por várias razões e crimes a ele atribuídos. Não fica bem para uma pessoa do caráter com a estirpe da Simone Tebet andar em companhia de determinados elementos da política brasileira, dentre eles o ex-condenado Luiz Inácio Lula da Silva.
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