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Proálcool tão perto e tão longe ao mesmo tempo

  • Foto do escritor: Genival Dantas
    Genival Dantas
  • 2 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura








O Fato Sem Politicagem 02/12/2021



Antes de falarmos de 1975, vamos voltar até 1973, ano da primeira crise mundial do petróleo com o preço do barril do produto, ouro negro, subindo de tal forma que chegou a inviabilizar muitos projetos à época, em execução, e ou implantação. Nessa hora o mundo precisa de alternativa energética em substituição aos combustíveis fósseis, não tenha dúvidas, o brasileiro sempre atento se lançou a luta com a esperteza de sempre.



Em 14 de novembro de 1975 o Programa Nacional do Álcool, Proálcool, foi criado sob o decreto 76.593, cuja finalidade era incrementar a produção do álcool, com vistas ao suprimento do mercado interno e externo, na política de suprimento da política de combustíveis automotivos. Esse projeto não caiu do céu, teve todo empenho dos engenheiros Lamartine Navarro Júnior, Cícero Junqueira Franco e o empresário Maurílio Biagi, participação, ainda de dois brasileiros.



Esses dois elementos deram contribuição importante ao programa, pois o projeto do motor movido à álcool era do físico José Walter Bautista Vidal e o engenheiro Urbano Ernesto Stumpf. O Proálcool empolgou a todos nós, pois víamos naquele projeto a redenção no plano energético, pelo menos na área dos combustíveis automotivos. Estávamos na era (1968/1973) do famoso Milagre Econômico e o petróleo era nosso, chavão dos militares.



O governo militar incentivou o projeto, com outros modelos em andamento, a transamazônica, as usinas hidroelétricas e as nucleares, no caso do Proálcool houve uma redução de 10 milhões de carros que eram abastecidos com combustíveis fósseis e foram transformados, ou fabricados com adesão do novo combustível, o álcool hidratado, sucesso mundial, éramos os pioneiros nessa utilização do novo combustível.



Com a chegada da demanda por produtos produzidos na nova política da economia sustentável fico pensando o que efetivamente foi feito do nosso Proálcool, que não deslanchou, nem mesmo tomou o rumo do mercado internacional, dominamos a tecnologia da montagem das usinas de álcool e obtenção do produto com a regalia que temos de uma vasta terra para desenvolver essa agricultura, incomparável aos demais países.



Além do álcool, na linguagem técnica, o Etanol convencional, temos agora o E2G, que é o produto produzido a partir de resíduos, palha e bagaço da cana-de-açúcar, sem, entretanto, a necessidade de cultivo de mais área plantada, aproveitando a produção existente. Mais ainda, há o Biodiesel, Diesel verde (HVO) a partir de produtos, também, commodities, largamente produzidos no Brasil, é preciso que voltemos a esse mercado.



Não podemos nos distanciar da descarbonização da economia, esse é um filão que está em nossas mãos, temos todos os requisitos para nos darmos bem nessa virada da economia mundial, um por todos e todos por um, em busca da felicidade geral da Nação, é hora de continuar nos cuidando em razão do Coronavírus, sem, entretanto, nos esquecer da continuidade da vida, que vai ficar cada vez mais concorrida.



Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista











 
 
 

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