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Foto do escritorGenival Dantas

Presidente no auge da sua bazófia se apresenta como transformista




Transformista é a forma como tem atuado o Presidente, transformando os sonhos dos seus auxiliares, seguidores e eleitores em verdadeiros pesadelos, tal qual um ator veterano, com gestos de ações pantomímicas. Ontem, 15/06, para quem já estava arredio com os rompantes do Presidente Bolsonaro, não foi nenhuma surpresa, ele não se fez de arrogante e mais uma vez, no papel que não gosta de exercer, já se declarou incompetente para o cargo que ora ocupa, se despe de torcedor populista e incorpora o Presidente autoritário, culminando com a série de demissões, durante a semana foram três Generais demitidos.


Alardeia e à frente das câmeras de televisão foi claro e sucinto ao verbalizar, um assunto que surgiu e num intencionalismo alheio ao momento, coloca o Presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Joaquim Levy, na berlinda. O Presidente foi curto e grosso, e adverte, o Presidente do Banco manda embora seu auxiliar, Marcos Pinto, recém-nomeado para o cargo de diretor de mercado de capitais do banco ou será demitido amanhã, 16/06.


Uma situação no mínimo curiosa, esse assunto é para ser tratado em gabinete, nunca em público, e diretamente entre às partes interessadas, o fato gera desconforto geral, pois o destratado é uma peça importante dentro do Governo, como tal merece respeito, inclusive do Presidente da República, seu chefe indireto, Paulo Guedes é seu chefe, hierarquicamente. O que se apresenta é um caso obducto que vem amadurecendo de maneira tácita, particularmente, não acredito que o auxiliar nomeado esteja sendo eliminado da equipe apenas por ser ideologicamente contrário ao Presidente, caso seja verdadeira a hipótese, é contraditório, pois o Joaquim Levy fez parte de Governos anteriores e nem por isso foi preterido à época da sua indicação.


Resumindo, na solução da questão só existem duas possibilidades, para o ausente demitido no ar, caso ele não se demita, ou peça revogação da indicação, do assistente, terá seu afastamento do governo feito sumariamente, a sua derrocada apresentada e anunciada por Bolsonaro não se traduz como simples temporalidade, ela é efetiva. Em quaisquer das situações simuladas são vexatórias, um verdadeiro quadro triste, mostrando mais uma vez,


Bolsonaro continua fazendo desafetos na proporção que ele toma iniciativas, como se fora um veterinário que para combater o carrapato simplesmente mata o cachorro, verdadeira incongruência para desesperança de todos nós, depois de um desgoverno desalentador nos situamos no triângulo das bermudas, com chances de faltar conexão com o resto do mundo, caso prossigamos nessa toada marota.


Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

genivaldantas.com.br

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