Precisamos de mais equilíbrio e humildade nesses dislates (23/09/2021)
O Fato Sem Politicagem 23/09/2021
Temos acompanhado com muita preocupação o andamento dos negócios internacionais e nacionais, sobretudo aqueles que dizem respeito a interveniências dos seus respectivos países da origem das empresas envolvidas nas negociações de grande vulto, em termos de volume de negócios e pesam nas balanças comerciais dos seus importadores e exportadores, convenhamos que hoje seja preciso ter um equilíbrio enorme na balança comercial, principalmente, nos emergentes.
Damos ênfase aos emergentes pelo simples fatos desses países ficarem sempre expostos aos holofotes e qualquer deslize é motivo de críticas e comparativos, sempre na tentativa de menoscabar os efeitos positivos de suas ações positivas, cuja carga de pressão vem sempre dos seus pares e nos mesmos patamares de operações. Possuímos países desenvolvidos e outros em desenvolvimento que atuam entre os emergentes com maior poder de barganha que outros.
Aproveitando a melhor fase no mercado internacional, a presença da China é alguma coisa que difere da maioria pelo seu potencial de consumo, produção, reconhecidamente com produtos de baixa qualidade, praticando preços impraticáveis por outro país, diferenciados pelas políticas aplicadas em sua mão de obra, quase escrava e modalidades produtivas sem concorrentes, observados na produção de vestimentas e calçados, além de outros segmentos.
Principalmente os produtos de consumo em massa, a china tem montado suas fábricas, vestimentas e calçados, em navios mercantes, lançados ao mar com matéria prima e mão de obra qualificada, e em suas viagens os navios operam como fábricas em três turnos. Com uso da mão de obra a bordo a confecção dos produtos é viabilizada por uma série de fatores, dentre eles a economia de frete, além da mão de obra disponível inclusive nos finais de semanas, um truque industrial a ser copiado.
Mesmo com todos os dispositivos comerciais ao seu favor a China tem passado por uma experiência nova que é o começo de uma superprodução, e uma demanda em compasso de espera, tanto é que o mercado imobiliário está relativamente vendedor e não comprador, motivado por uma crise de poupança para investimentos e a disposição dos compradores em potencial sentir realmente a necessidade de fazer investimos nesse exato momento.
O mercado Chinês mergulhado nesse processo de maturação tem passado um perrengue dos mais tensos, nessa semana uma das suas empresas de maior representatividade, pela sua posição no mercado, como capital, empreendedorismo, inovação e diversificação, deixou o mercado mundial com muita ansiedade, a Evergrande, virou uma verdadeira ameaça às pretensões da China, apontando para falta de caixa e possível atrasos, com volume superior a US$ 300 bilhões.
Essa cifra corresponde, aproximadamente, R$1.5 trilhões de reais, claro que o mercado teria que ficar tenso, é muito dinheiro para uma empresa com lastro razoável e com crédito no mercado internacional, mas esse tipo de endividamento acarreta risco para muitos setores, clientes imobiliários, bancos financiadores de projetos em andamento e de potenciais clientes, além do próprio governo de olho nos seus impostos, não considerando, ainda, todo seu entorno.
A grande notícia nessa tensão internacional foi o anúncio de um grande acordo entre a Evergrande, credores e o governo Chinês, que tentam, de alguma, minorar a crise anunciada e debelada na sequência. Esse caso vem provar que a China é, efetivamente, o grande império que se forma nesse início de século e milênio, porém, como todos os outros impérios anteriores tiveram começo meio e fim; é bem provável que o planeta terra tome uma nova forma, doravante.
Apenas para elucidar que estamos em plena ebulição financeira, novamente a China encontra-se em expectativa em uma negociação da Austrália cancelada com a França, na compra de submarinos nucleares, cuja encomenda foi encaminhada aos EUA e Reino Unido. A França se anunciou traída e a China se diz ameaçada, pois o que está em jogo são as águas marítimas da Austrália e que são normalmente invadidas pelos Chineses com seus barcos pesqueiros.
Nada satisfeita com essa triangulação, a China promete derramar muitos megatons sobre a Austrália caso essa operação comercial, superior a US$ 80 bilhões de dólares. Essa ameaça envolve toda a Europa, os EUA, a própria China e indiretamente os parceiros diretos e indiretos de cada Nação envolvida. É preciso que se reduza a chama desse forno o quanto é tempo, caso contrário o excesso de temperatura fará cair à abóbada do próprio forno. Uma das possibilidades é fechar a entrada de ar de combustão.
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