Pintar o sete é com as cores verde e amarelo (04/09/2021)
Atualizado: 5 de set. de 2021
O Fato Sem Politicagem 04/09/2021
Muita gente ignora o que comemoramos no dia 7 de setembro de cada ano desde 1922. Em termos de história, começamos aprender desde o primário os fatos e consequências que advieram da data, que teve sua história iniciada bem antes, a partir de 1808 com a chegada da família Real ao Brasil, o retorno de Dom João Vl a Portugal, 1821, ascensão de Dom Pedro l, como príncipe regente, dia do fico, nove de janeiro de 1922, finalmente, independência, sete de setembro de 1822.
Não foi uma sequência com essa fluidez que coloco, muita imprevistos ocorreram nesse curto percurso, à influência de José Bonifácio junto ao príncipe regente e sua esposa Maria Leopoldina foi decisiva para o desfecho da nossa independência. Ressaltando, depois da independência o Brasil não se fragmentou em outras nações, assim como ocorreu com muitas outras, pelo ideal escravagista que dominava a mente da elite brasileira, meio comercial com forte impacto econômico, gerador de recursos em sua época.
O fato de sermos hoje uma República Federativa, tida não como racista, não nos proporciona o direito de criticarmos ações dos nossos antepassados, mesmo reconhecendo que era um comercial explorado por muitas nações, que suspenderam essa prática bem antes que nós. Temos que reconhecer, também, a prepotência do brasileiro continua viva dentro de nós com o sistema do voto de cabresto usado pelos políticos para dominar o eleitorado carente e domar a massa como que escrava.
Quando surge uma situação como a que estamos acompanhando, com aproximação do dia 7 de setembro e a convocação dos brasileiros, por um dos Poderes, no caso o presidente da República, aboletado na presidência, para que seja dado outro grito de independência, naquela data, surgem muitas controvérsias, propósitos de levante, ou motim, contra o estado de direito e da Democracia, receio de motins da classe militar e dúvidas quanta a licitude do movimento proposto.
Claro que temos que ter muito cuidado com o que vai ser apresentado nas ruas pela população em marcha e quais a teses defendidas por ela, esperamos por uma gente ordeira, imbuída de verdadeiro espírito democrático, mesmo que em defesa de uma corrente política, mas que não seja de algum político que não venha merecer nosso aplauso amanhã, me refiro especificamente ao presidente Bolsonaro que não tem justificado qualquer prorrogação de mandato com novas eleições.
A guerra psicológica existente entre os Poderes é real, cada qual tentando implantar seu Poder com usurpação de demandas e direitos, com o Poder Judiciário tentando e muitas vezes conseguindo ditar normas em temas que não lhes diz respeito, clara ingerência, tornando a situação aflitiva entre eles, os Poderes, futilizando até o que é de mais sagrado, a harmonia e o bom senso. Sabemos que Jair Bolsonaro não é nenhum poço de equilíbrio, mas é preciso serenidade nos ânimos.
Espero que no dia 7 próximo seja colocado em prática alguma proposta de conciliação na praça dos três Poderes, com o tão desejado pacto de governabilidade, que esses ensaios previstos para atuações fora da linha sejam apenas espasmos cerebrais de pessoais mais afoitas sem nenhum apelo que justifique a intervenção da Polícia e, por conseguinte, da própria Justiça. Igualmente, que a esquerda não coloque pessoas infiltradas nas passeatas tentando tumultuar o que é democrático.
Que a sorte e a justiça seja lançada, os homens tenham o juízo de agirem de forma cavalheira e dentro dos limites que a Constituição nos permite, vamos celebrar a nossa independência com tudo que temos de fato e de direito, sem, entretanto, ocuparmos os espaços alheios, assim como manda a boa convivência entre os humanos de boa índole, sem precipitações, muito menos desafios que não nos orgulhemos depois, sem ranço e sem ódio. Amor e Paz entre os homens.
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