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Petrobrás, tão desejada, sonhos de muitos e pesadelos de outros

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas





O fato sem politicagem 21/06/2022



Uma empresa criada em 03 de outubro de 1953 pelo então presidente da República Getúlio Vargas, um ano antes do seu suicídio, mesmo sendo um ditador reconhecido teve seus momentos de lucidez. A Petróleo S/A (Petrobrás) foi um desses momentos que o Getúlio justificava seu patriotismo, muito embora seu lado socialista o condenasse a própria morte; o homem que teria saído da vida para entrar na história, teve seu fim triste e melancólico.


A criação da Petrobrás era a certeza do monopólio estatal do setor petrolífero, conjuminando com a ideia e na sequência, aquele presidente que veio para fazer 50 anos de governo, em apenas 5, o brilhante Juscelino Kubitschek (JK) no final dos anos 1950, implantou o nosso parque industrial, dentro dele a linha branca e automobilística, foram os destaques que tiraram o Brasil da era do país da agricultura e o colocou no mundo novo da industrialização e modernização.


Após quase 70 anos muita história foi contada em direção ao futuro, com muitos erros e acertos, típico de um país gigante na sua extensão territorial, decepcionante na sua vocação política, porém com um espírito aventureiro invejado pela maioria dos habitantes do planeta terra. O que virou essa gente depois de tantas conquistas e perdas, provocadas pela nossa própria inexperiência, fé e desejo de ser feliz, apenas alimentando a esperança de muitos aventureiros.


Depois de uma separação de Portugal e na gestão do segundo e último monarca que tivemos, em nome de uma ganancia dos próprios amigos do soberano, Dom Pedro ll, a República foi criada, de lá para cá, tivemos muitas fases, todas criticadas e elogiadas, passamos pela República velha, nova República, ditadura Varguista, período dos militares e restabelecimento da Democracia, com uma Constituição Parlamentarista (1988) de regime Presidencialista.


Uma verdadeira salada russa que chega aos nossos dias com todo tipo de político elevado à condição de defensores da Pátria. Infelizmente, o que realmente vem ocorrendo é uma verdadeira ruptura da seriedade, governabilidade e sensatez. A nossa querida Petrobrás entra nesse contexto, como moeda de troca nas mãos de governantes corruptos, foi saqueada, dilapidaram seu patrimônio com desvio de recursos, denominado na época de petrolão, em meio de tantos absurdos administrativos.


Afastados os infratores pela via do voto popular, o Brasil busca sair daquele marasmo e novamente os embusteiros querem retornar aos principais cargos públicos e reativar o comando dos mal feitos, com chances efetivas de drama voltar ao palco principal desse circo ainda em recomposição. Nosso povo com sua memória fraca e cheia de necessidades básicas continuam acreditando que o país precisa voltar ao assistencialismo para que tudo volte aos tempos de desgovernança.


Não temos dito que o governo atual é o que mais desejávamos, entretanto é o que foi possível para evitar um mal maior, por mais que tenhamos nos esforçado em busca de um plano de governança entre os políticos e Siglas políticas, nada nos convenceu até agora. Nessa desesperança a política de preços da Petrobrás, aliada a tragédia da Pandemia sanitária e a guerra entre Rússia e Ucrânia, tem desestruturado toda nossa economia, com elevação das taxas de juros e inflação.



O que nos assusta é a qualidade dos políticos que herdamos desde 1988, com o aparecimento de um grupo denominado de Centrão, composto por políticos de várias correntes e Partidos políticos, ele se mantém ativo, participando de todos os governos, o grupo atual piorou o que já era ruim, sequestrou parte do orçamento do Executivo, dessa forma, com a denominação de orçamento do relator, a distribuição dos valores são feitos ao bel prazer dos amigos da Corte.


Essa situação foi sempre criada dentro do Legislativo, o Executivo, fraco na sua administração virou presa fácil; enquanto isso, o Judiciário, que seria a Casa guardiã das Leis, simplesmente sai do seu leito normal e segue o rio caudaloso, com desvio de conduta, invadindo searas de outras competências, interferindo nas atividades, tanto do Legislativo como do Executivo; não há mais uma fronteira de atuação. Enfim, o Brasil hoje é mais um samba do crioulo doido, em termos de Poderes.
















Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista









 
 
 

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