Velhos vícios, trapos remendados 17/07/2024
Nas atuais Repúblicas Democráticas há uma convergência natural, dentre os governantes populistas, gerando conflitos imensos, pois confundem bens do Estado com bens particulares, essa confusão decorre exatamente da falta de limites tão necessários para que não ocorra interpretações dúbias e cobranças por comportamentos nada republicano, caso que vem ocorrendo com a Abin.
Trata-se de uma situação ocorrida no governo anterior, gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma reunião ocorrida entre o próprio presidente, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem. Outras pessoas, certamente, estiveram presentes sem os devidos registros.
Segundo informações, o assunto era referente ao caos conhecido como “rachadinha”, ocorrida no gabinete do filho do presidente, senador Flavio Bolsonaro, quando esse era ainda deputado estadual (RJ) ocorreu toda uma celeuma em torno do assunto, quando vasaram informações dando ciência ao mundo exterior com narrativas que o próprio Jair Bolsonaro pretendia usa a Abin, em benefício do seu filho.
Como somos sabedores, pelo seu currículo tanto militar, como parlamentar e político atuante, o Jair Bolsonaro nunca foi afeito ao bom trato nas suas relações, com tendencias a se expor em demasia, pela dificuldade que ele tem com o trato das palavras, é o famoso jeitão do cidadão, emérito em colocação de palavras erradas nas horas indevidas, lhe trazendo constrangimentos.
Não foi surpresa o fato de o Jair Bolsonaro ter confundido a Abin como um patrimônio seu, enquanto ele estava presidente da República, esse é um erro grotesco praticado pelos nossos presidentes, por entenderem que o seu universo faz parte do seu patrimônio particular, quando na realidade a situação é bem diferente. Esse tipo de comportamento também é visto no mundo corporativo.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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