O fato sem politicagem 17/12/2022
A tese defendida pelo presidente eleito, Lula da Silva, que a responsabilidade fiscal é incompatível com a responsabilidade social, só pode ter nascido na cabeça de algum amante dos descalabros e das intempéries, mesmo que esses tenham sidos provocados por uma gestão simplesmente ruidosa e incongruente, reflexo de atos falhos e comprometimento com a irresponsabilidade e o descaso com o erário público.
Fica muito difícil acreditar alguém acreditar no sucesso de um governo que se prepara para iniciar sua gestão sem ao menos ter apresentado um projeto de governo e ao mesmo tempo começar a montar uma estrutura administrativa sem as colunas basilares, pelo menos apresentadas em público, para que surja o esqueleto de um organograma projetado na meritocracia dos indicados aos mais elevados cargos na administração da Nação.
Aqui que vem surgindo, é de espantar qualquer calouro administrativo, neófito comportamental, nomes que já prestaram muitos desserviços junto ao Estado brasileiro, com pouco resquício de compromissos com a seriedade e a governabilidade. Temos por exemplo a inclusão do Fernando Haddad, emérito poste, preferido do Lula, com um currículo de causar inveja em qualquer decrépito.
Tendo passado por um ministério, da Educação, e pela Prefeitura de São Paulo, sem deixar saudades nos seus respectivos cargos, ministro e prefeito, nas duas ocupações, deixando muito a desejar, portanto, nada acrescentando ao serviço público, mas seu padrinho político, Lula da Silva, insiste, ele levará luz à área econômica brasileira.
Definitivamente, temos um homem de princípios nada recomendáveis assumindo o governo brasileiro, próximo dia 01/01/2023, nada de novo foi sugerido de bom para o futuro próximo. Com a estrutura que está sendo montada na área econômica, dividida em 03 ministérios, com certeza, terá o objetivo primordial de alavancar empregos aos companheiros que ficaram fora da administração federal durante 04 anos e agora precisam recuperar o tempo perdido.
Não obstante a necessidade premente de um ajuste moral na vida política brasileira, o futuro presidente já chegou mostrando ao que veio, com sua equipe de sanguessuga articulando a estrutura dos novos e antigos Ministérios com fins específicos de alocar os companheiros de infortúnios políticos, os que não se elegeram e os que também se elegeram, mas não têm a mesma postura que outros dentro do Congresso Nacional.
O grupo dos que fazem parte do Centro, sempre com a compostura, com o tradicional” dando que se recebe”, já fazem parte do grupo de apoio ao novo governo, a moeda de troca começa a circular na Praça dos três Poderes. Há inclusive indícios que a famosa PEC do fura teto vai ser viabilizada em troca do orçamento secreto, passando a se chamar de, oficialmente, orçamento do relator, com algumas regras novas negociadas.
O que mais me assustou são as notícias correntes na imprensa, dos empréstimos em negociação, pela turma do desmanche federal, com países da América do Sul, dentre eles Venezuela e Argentina. Certamente, serão feitas tratativas sob sigilo, como anteriormente, sem prazo de pagamento, ou seja, fundo perdido. Fico imaginando quando, efetivamente, esse grupo tomar posse o que será de nós. Isso é um fato de profundo pesar.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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