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Foto do escritorGenival Dantas

Para os brasileiros fenecem-lhes as últimas esperanças (03/05/2020)




A população brasileira continua embasbacada com os fantasmas persecutórios que acompanham o presidente Bolsonaro, conforme seus depoimentos, nos transmitindo uma sensação aparvalhamento de sua Excelência o Presidente, os motivos pelos quais ele se sente perseguido não podemos imaginar, entretanto há algo que ele mesmo denota tê-lo, ausência de maturidade política, não obstante os 28 anos de Congresso Nacional como Deputado Federal.

A semana que se encerrou ontem teve um verdadeiro estado de anormalidades na vida política brasileira, Jurídica e até Policial, o decano do STF, Ministro Celso de Melo, determina que a PF (Polícia Federal) tome depoimento do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, no inquérito de autoria do procurador-geral da República, (PGR), Augusto Aras, em apuração as acusações contra o presidente Bolsonaro, por inclusão de crime de calunia e denunciação caluniosa.

Enquanto isso, o Senado Federal aprovou novo texto em socorro financeiro aos Estados e municípios, ignorando o texto original da Câmara Federa. O assunto agora vai à Câmara e retornará ao Senado, tudo isso em dia de sábado, coisa rara no país prostrado em leitos hospitalares insuficientes e cotas esgotadas para sofrimento da população atingida pelo Coronavírus.

No Executivo, dia de folga para o presidente, como seria para os demais Poderes, Bolsonaro em passeio público é cercado pelos seus eleitores mais fieis, pertencentes à extrema direita, as manifestações de apoio não lhe faltaram, mesmo pregando o uso das máscaras, cumprimentava o púbico e tirava fotos ao lado dos seus simpatizantes sem a máscara de proteção, mais um gesto de indiferença com as orientações dadas pelas autoridades competentes no assunto de Coronavírus.

Depois de uma semana de muita conversa e controvérsias sobre o impeachment do presidente, o assinto foi tratado com muita frieza pelos correligionários de Bolsonaro e com grande bulha pelos seus adversários políticos. Em compensação há o novo grupo de apoiadores do atual governo que constrange qualquer governo sério, não pela atuação atual, mas pelo seu histórico dentro do Congresso.


Estou me referindo ao antigo Centrão, tentam criar um novo nome para o bloco na tentativa de fugir do estigma de apoiadores de aluguel, como foi citado pelo Robertão, Deputado Roberto Cardoso Alves, e criador do lema “é dando que se recebe”, pratica verificada por muitos anos e potencializada no período de 2013/2018. Apenas para clarear a memória dos esquecidos lembramos o nome daqueles que continuam a influenciar os partidos do Centrão:

Arthur Lira (AL/Líder do Progressista), Agnaldo Ribeiro (PB/Progressista), Ciro Nogueira (PI/Senador e Líder do Progressista), Gilberto Kassab (SP/Ex-Prefeito e Presidente do PSD), Marcos Pereira (SP/Presidente do Republicanos), Paulo Pereira da Silva (SP/Presidente do Solidariedade), Roberto Jefferson (RJ/Presidente do PTB), Valdemar Costa Neto(SP/Presidente do PL.

Temos ainda os Líderes na Câmara: Diego Andrade (PSD/MG), Jhonatan de Jesus (Republicanos/RR), Pedro Lucas Fernandes (PTB/MA), Zé Silva (Solidariedade/MG), Wellington Roberto (PL/PB). Partindo do pressuposto que as pessoas mudam repentinamente levantamos a seguinte hipótese no atual quadro político, foi o Centrão que mudou e agora quer, em nome do Brasil, da família e da ética, apoiar o Presidente Bolsonaro pelo azul dos olhos do presidente.

Pergunto, definitivamente, Bolsonaro em nome da governabilidade, digo, seu mandato, ele transformou o Centrão, que era um antro de políticos que só pensavam em tirar proveito dos governos por eles apoiados, quem sabe Bolsonaro os julgue agora os novos Franciscanos do Congresso Nacional.

Por essa dúvida, aqueles que votaram no candidato Bolsonaro, a maioria dos eleitores que nele votaram, seguem sem rumo tomar, pois eles se sentem duplamente enganados, além de perderam as apostas em um cidadão que seria a salvação do país pela sua enérgica defesa da lisura e da Democracia, se sentem ameaçados pela volta da corrupção, agora sem nenhum paliativo iminente.

Temos uma terceira via a ser seguida, acompanhando o raciocínio do Professor Miguel Reale Júnior, talvez o melhor fosse o MPF (Ministério Público Federal), até para o bem do próprio presidente, determinasse um exame psicológico do Bolsonaro, essa competência constitucional é do MPF, se ele, o presidente, estiver com uma estafa aguda, e constatada cura rápida, talvez uma licença temporária e retorno ao cargo logo na sequência da cura. Nesse ínterim, temos o vice-presidente Hamilton Mourão que assumiria a presidência interinamente. Sugerir não ofende.


Genival Torres Dantas

Poeta, escritor e Jornalista

genivaldantasrp@gmail.com.br



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