O Fato Sem Politicagem 10/02/2021
Não apenas os números, mas tudo aquilo em que o Ser humano está pressente não tenha dúvidas que as possibilidades de manipulação, desvios de percurso, direcionamento para resultados mais favoráveis aos interessados nos resultados finais, toda uma arquitetura é projetada para que as aparências fiquem mais convincentes e mais próximas da realidade, possível.
É inconcebível, porém é real, mesmo em situações de crises, o caráter maligno do ser humano não recua quando seu intento é tirar proveito de situações que possam ser factíveis ao favorecimento do lucro fácil, essa situação é extensiva à maioria das atividades que são requisitadas as participações e decisões do próprio homem.
Com a premência e urgência de recursos para financiamento no combate da pandemia da Coronavírus tivemos uma onda de escalada marginal proporcionada por governos Estaduais e Municipais, com desvio de recursos cuja soma foi de um montante de caráter estratosférico, mesmo com a atuação da Polícia e Justiça Federal nem todo prejuízo foi passível de recuperação.
Na fase de distanciamento os congressistas não fizeram por menos, não pouparam o dinheiro do pobre contribuinte, que paga seus impostos para mordomias dos seus representantes. Há um levantamento circulando nos principais jornais trazendo demonstrativo dos principais gastadores no ano anterior (2020) relaciono abaixo os 06 maiores esbanjadores dos recursos públicos, dentro da Câmara Federal:
Por ordem de grandeza, referente a transportes, alugue de jatinhos, carros, combustíveis e passagens aéreas, e outros, conforme o Jornal o Estado de São Paulo, 08/02/2021, Caderno de Política, página A4, e por ordem de grandeza decrescente (em milhares de Reais) - 347.1, Sidney Leite (PSD/AM) - 325,0, Cristiano Vale (PL/PA) - 302.9, Claudio Cajado (PP/BA) - 293.9 Júlio Cesar (PSD/PI) - 276,9 Silas Câmara (Republicanos/AM) - 265,1, Gurgel (PSL/RJ).
Outra informação apresentada pelo mesmo jornal, em data anterior (07/02/2021), trata-se dos benefícios pagos por Estatais e a discrepância apresentada entre essas empresas e o segmento privado, considerando o mesmo ramo de atividade: Petrobrás, Maior Remuneração R$ 106.199, remuneração média R$18.930, gratificação de férias 100% da Remuneração – BNDES, Maior Remuneração R$ 75.650, Remuneração Média R$ 29.230, Programa de Assistência Educacional R$ 1.261,65/mês por dependente até 17 anos – Eletrobrás, Maior Remuneração R$ 71.154, Remuneração Média R$ 11.227, Auxílio Educacional R$ 574,47/mês até 17 anos.
É claro que a situação dessas três empresas estatais não representa o universo do funcionalismo público, assim como essas há outras que são a elite do Poder público, quando na realidade existem outros funcionários que ficam isolados em patamares bem mais modestos. Essa desigualdade entre os próprios funcionários do governo é que devia ser combatida, tornando-os equânimes, a equivalência com o setor privado é um assunto que vai demandar muito tempo e divergências diversas.
Outro assunto que vem desenvolvendo muita discussão com os funcionários públicos é com relação ao conceito de avaliação de desempenho dos servidores públicos, trata-se de uma tese apoiada por grande número de políticos, mas não agrada aos servidores. Trata-se de uma forma justa e criteriosa usada na economia privada, com grande êxito e utilidade.
Quando se tem a avaliação de um funcionário, você tem critério técnico para justificar promoções, tanto horizontais como verticais, além de aumento de salários por meritocracia, a maneira mais justa de premiar o funcionário mais fiel ao seu trabalho e a empresa em que trabalha, desde que o comitê de avaliação seja extremamente isento e o processo seja anual, é também uma forma de dispensar os elementos que não se adaptam as politicas da empresa, mesmo tendo sido remanejado para outros setores e não ocorrendo a devida adaptação esperada.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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