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Optar entre o ruim e o pior é uma tarefa nada fácil! (22/03/2021)

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas



O Fato Sem Politicagem 22/03/2021


A impressão que tenho é que o grande adversário político do presidente Bolsonaro para suas pretensões, por incrível que pareça, é exatamente sua desditosa administração constituída de excesso de veleidades, seu distanciamento do discurso de campanha, suas escolhas nada convincentes para os cargos de confiança em primeiro plano e a falta de zelo na condução das prioridades que um governo tem por excelência ter sobre seu controle.


Falta-lhe principalmente autoridade técnica e cabedal político para orientar subordinados, um exercício primordial na condução de um projeto, seja ele em que área e que tamanho seja, principalmente aqueles que ficam sob a égide de um comandante de Estado.


Quando um estadista perde o controle da sua autoridade nada mais lhe resta a não ser ter a humildade de reconhecer seu fim melancólico e renunciar para o bem geral de uma Nação em frangalhos, como ocorre.


O caso específico do Brasil é uma situação tipicamente secular que estamos sendo alcançados dentro da nossa República. Ela vem sendo assolada desde sempre, com alguns hiatos e muita falta de brasilidade por quem devia honrar pelo menos as Joias da República, em todos os seus meandros.


O que existe de fato é a assombrosa veleidade praticada pelos administradores públicos que passaram no comando do Brasil, respaldados ou não pelo voto popular ou pelos regimes de exceções desde que a República aqui se instalou e ressaltada depois que o governo voltou aos governos civis depois do governo militar, de 1964 até 1985.


A constituição elaborada e promulgada em 1988 era para ser uma verdadeira obra refinada de constituinte cidadã. A intenção era boa, entretanto as mudanças feitas, com tantas emendas, virou uma colcha de retalhos; costurada com mãos da mesma esquerda desvairada em busca de mais protagonismo nem que para tanto, se necessário, a própria Democracia fosse sacrificada, o objetivo sempre foi o socialismo em direção ao comunismo.


O presidente Bolsonaro consegue fazer o inacreditável, em meio mandato de extrema incompetência, junta as pontas da Esquerda e Direita, numa futura aliança com a finalidade específica de vencer o inimigo público numero um, do Brasil, que se chama Jair Bolsonaro. Sua falta de habilidade política e administrativa.


Além dos politiqueiros de plantão, reunidos no projeto de salvação nacional, alia-se boa parcela da população decepcionada com sua desastrada atividade para controlar a pandemia do Coronavírus, outra significada parcela das igrejas, empresários, banqueiros, ruralistas e da massa trabalhadora que nunca foi simpática ao seu governo.


Uma situação que merece ser observada é o que vem ocorrendo nos últimos dias, o Centrão, seu escudeiro dentro do Congresso Nacional, já não alimenta ilusões quanto ao acordo entre ele e o governo, as observações dos dois presidentes das Casas que compõem aquele poder já demonstra um esfacelamento na relação e o rompimento começa a se desenhar.


O golpe de misericórdia talvez tenha sido o caso do Ministério da Saúde, almejado pelo Centrão e negado pelo Bolsonaro, sendo anunciado para substituir Eduardo Pazuello o médico Marcelo Queiroga, no lugar da preferida do presidente da Câmara Arthur Lira (Progressista/AL) Dra. Ludhmila Hajja, preferência também da maioria dos componentes do Centrão.


Essa contratura pode servir para desarticular o projeto político do Bolsonaro, que é de dois mandatos, particularmente considero nem projeto, ou mesmo sonho, uma ilusão de difícil efetivação, por tudo aquilo que estamos passando, como o que vir pela frente, mormente agora que temos dois ministros, um entrando e outro saindo, sem nenhum plano apresentado.


Jamais podia imaginar que um dia o Brasil teria que escolher entre o ruim e o pior, refiro-me a união de esforços que fazem políticos do PSDB e PT para vencer o postulante a reeleição do Bolsonaro, além dos dois Partidos políticos que polarizaram a política durante muito tempo, querem voltar ao palco trazendo a tiracolo partidos que sempre tiveram a serviço das coligações, tipo MDB, com o ex-presidente Michel Temer na garupa de quem lhe interessar possa.


Nesse pacote de oportunismo somam-se outras figuras que se sentem no direito de reivindicar a possibilidade de disputar o cargo de presidente da República, dentre eles encontra-se: Eduardo Leite (PSDB/RS) – João Dória (PSDB/SP) – Ciro Gomes (PDT/CE) – Luciano Huck (?). Afora, temos outros postulantes que podem se agregarem aos sonhos dos tendenciosos, ficando fora o próprio Bolsonaro, ou alguém politicamente equilibrado que possa surgir de última hora.


Não considerei nesse tipo de pretenciosos o próprio Luiz Inácio Lula da Silva, por enquanto elegível até que o plenário do STF defina sua condição, por enquanto o ex-presidente continua condenado, apenas vão definir se a condenação do Juiz Sergio Moro é válida ou não. Sergio Moro que se mantém indefinido, se ocupa ou não seu espaço político, criado na Lava Jato, ou se continua na sua nova vida atuando na iniciativa privada.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista








 
 
 

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