O fato sem politicagem 23/11/2022
Observando os últimos acontecimentos tanto no legislativo como na equipe de transição mantada pelo novo governo eleito, é até desmoralizante para nós brasileiros enfrentarmos determinadas situações impostas pela indecência de alguns políticos frequentadores da mídia nacional, pela facilidade que esses senhores têm de se articularem com a conveniência do momento, passando de lado como se fora uma brincadeirinha inocente da nossa distante infância.
Não há como ter disjuntiva se a defesa da democracia está intrinsicamente ligada ao perfil dos ilustres congressistas, todos, sem exceção fazem parte de um jogo, sem bloqueio de siglas e, ou partido político, o que nos deixa intrigado é que o tamanho do bloco de apoio aos mal feitos é correspondente em valores a serem surrupiados, na surdina da noite, quando os termos são modificados com permanência dos fatos e ações, antes condenados pelos ausentes dos prêmios.
Deixando claro que o prêmio aqui é a parte que toca a cada membro do bloco de apoio para que a demanda seja considerada de Direito e Legal, duplamente: aos olhos da lei e ao desejo incontido do favorecido, mas a fatia que lhe cabe não é para endereços certos e indicados dentro das necessidades de cada um? Isso é o que se diz, entretanto não se conta, novamente, somos duplamente considerados mané (desculpe a linguagem, aprendi com um membro do STF, isso pode).
Não sei as razões pelas quais o atual presidente em exercício, pelo menos legalmente, não tem se mantido ativo, dando seu expediente no Planalto, preferindo o Alvorada, esse estado de reclusão parece-me mais um momento de reflexão, depois de uma eleição perdida, não se sabe ainda, se de fato ou de direito, ou se de ambas as situações, o que importa é ele ter consciência que ele perdeu, prioritariamente, para ele mesmo e seus arroubos inconsistentes.
Tenho todo direito de expressar meu sentimento de desilusão, sou um dos muito que votou no Bolsonaro, por absoluta falta de opção, mais ainda, tentando evitar que a esquerda maléfica voltasse a se instalar no seio da nossa política federal, principalmente o Executivo, Poder de tantos recursos fáceis de desvios e cuja prática já é de conhecimento do grupo que ora, chega ao Planalto, com toda pompa de arrependidos do caos passado.
Anuir que o novo governo se instale é constitucional, entretanto, é preciso que as dúvidas sejam sanadas e respondidas por quem de direito, no caso o TSE, esse órgão dirigido atualmente pelo ministro Alexandre de Moraes, tem demonstrado que não tem nenhum afeto, ou feição, pela turma da direita, nela estou incluso, não acredito que ele venha levar em consideração a inquisição feita pelo PL, de Valdemar Costa Neto, presidente do partido.
Como disse o outro ministro também do STF, perdeu mané, linguagem bem próxima do submundo do crime, portanto, devia ser proibitiva para quem defende e guarda nossas leis, mas estamos no país do espanto, dos sinais trocados, dos homens incertos, quando os contraventores são homenageados por candidato a presidente, expondo suas siglas em bonés para entrar nos redutos desses marginais, espaços reservados a esses por membro do próprio STF. Isso é um fato.
Genival Dantas
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