O tempo não apaga, mas as pessoas têm memória curta
O fato sem politicagem 15/03/2022
Parece até brincadeira, mas o início do conflito entre Rússia e Ucrânia fez muita coisa rarear, em termos de notícias e até mesmo risco de convivência, com comportamentos antes condenáveis hoje aceitos e até propagados. A situação desarmoniosa lá na Europa fez boa parte do nosso planeta, fez muitos países relevar o perigo da presença do Coronavírus e muita gente já não se protege como antes, fazendo, inclusive, o Brasil se permitir a não mais exigir o uso da tão propalada máscara.
Agora já há jogos de futebol com público quase lotando os estádios, em determinados Estados, bares e restaurantes agora recebem sua lotação, parece até que o risco de contaminação não existe mais, sou da opinião que toda precaução é pouca quando se trata de vírus, sou da moda antiga, se precaver para durar mais. É incrível, não obstante a seriedade que devia ser mantida na política agora é permitida as “traições consentidas” dentro dos partidos políticos, isso não é coisa de guerra.
Esclarecendo o último tópico: com a dificuldade de se formar um consenso para formação de um bloco compacto em torno de um nome que venha representar uma alternativa que possa derrotar, nas próximas eleições, os dois candidatos disparados na frente, nas pesquisas feitas pelos meios de comunicações, já se cogita que os partidos satélites não vão punir seus filiados que não apoiarem o candidato a presidente da República que não seja o mesmo apoiado pela respectiva sigla partidária.
Tem até pré-candidato ao cargo maior e majoritário que vem procurando sair pela tangente pela falta de apoio dentro do seu próprio partido, esse é o caso do atual governador de São Paulo, João Doria, mesmo tendo sido apontado como candidato ao cargo não tem conseguido deslanchar nas pesquisas e encontra resistência dentro do seu PSDB, ou seja, é o caso do que ganhou, mas não levou, caso ele venha se candidatar à reeleição não tem garantida a sua vitória.
O que vem contribuindo para os desencontros de opiniões dentro dos Partidos Políticos são o fim das coligações proporcionais, a polarização entre Lula e Bolsonaro, além da clausura de barreira, a história da federação tem colocado muitos Partidos, antes fiéis parceiros, em rotas diferentes e bem distintas, até mesmo o pessoal da esquerda que sempre se mantiveram unidos pelo menos nas eleições regionais, hoje defendem suas bandeiras sem pensar no coletivo.
Com a janela das transferências abertas há uma verdadeira barafunda no meio político, a mudança de partidos, que se anuncia, joga por terra qualquer sentimento ideológico, filosófico e de natureza social. A impressão que tem fica é que os Partidos procuram defender seus espaços sem se importar com seus objetivos sociais, ou princípios políticos, e seus filiados estão distante do que é coerência ideológica, parem para o salvem-se que puder, pelo menos é o pensamento da maioria.
Nos últimos dias quem mais perdeu espaço político, no cenário nacional, foi (Podemos) e o Movimento Brasil Livre (MBL), tanto o Partido como o Movimento vem atuando em parceria desde outras eleições. Com a lambança dos deputados Kim Kataguiri e o Arthur do Val, mesmo tendo pedido desculpas não tiveram suas imagens reconstruídas, agora vão ter que trabalhar bastante para conseguir a reeleição, o Arthur do Val ainda corre o risco de ser cassado.
Para piorar a situação do Podemos, o seu candidato a candidato a presidência da República, não deslancha e ainda conta com o agravante dos seus apoiadores ficarem nessa situação desconfortável, o melhor seria que o ex-juiz Sérgio Moro desvencilhar-se do seu atual partido, e procura-se abrigo em outra legenda, caso ele queira continuar como candidato, é uma alternativa que pode vir a melhorar seu desempenho.
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