O fato sem politicagem 31/07/2022
Incrível como o tempo e a realidade se coloca sempre a disposição da verdade, principalmente quando o assunto vem acompanhado de escolhas e seleções. O que vem ocorrendo nessa pré-campanha para as eleições de outubro próximo ratifica esse pensamento popular, muitos candidatos a candidatos ao cargo majoritário (presidente da República) tiveram seus intentos abortados em uma amostra da sabedoria do tempo em se mostrar seletivo tanto quanto a realidade dos fatos e da vida.
Desde o início eu já imaginava que aquela quantidade enorme de pretendentes ao cargo de Jair Bolsonaro fazia parte de algumas pretensões políticas de partidos e políticos mais ambiciosos, alguns casos de absoluta falta de preparo, em outras situações a cobiça por uma posição mais representativa dentro da política fez de alguns dirigentes de partidos não terem sido tão diligentes, faltando com a visão política e o verdadeiro jogo de cintura na hora de avaliar suas pretensões.
Tivemos o caso enigmático do médico e ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, depois de sua gestão de difícil avaliação, se lançou a pré-candidato a presidente da República, como não teve seu intento absorvido pelo seu partido, foi obrigado a abortar sua intenção e seguir novos caminhos que o levassem a um porto mais seguro em termos de objetivo e realização. Acredito que tenha ocorrido falta de maturidade política com precipitação sem uma negociação antecipada.
Em outra frente tivemos o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, como Juiz foi de importância capital na condução da Lava Jato, quando entrou para composição do governo Bolsonaro, simplesmente ele antecipou seu fracasso na política, verdadeiro erro de avaliação, ele entrou na hora errada e com apoio do Bolsonaro, também outro ponto desfavorável a sua postulação na política, a repercussão negativa fez do seu propósito político um verdadeiro fracasso, pelo menos até o momento.
Tivemos outra situação esdrúxula, depois de ser prefeito e governador de São Paulo, João Doria, inspirado nos seus sucessos anteriores, tanto na vida pública como na economia privada, aquele que parecia fadado ao sucesso eminente, teve seu sucesso barrado pela pressa de chegar aos pícaros da glória, alcançando o posto de presidente da República em tempo recorde, entretanto, por erro de estratégia política viu seu projeto ser desmoronado, dentro do seu próprio partido.
A candidata do MDB, única candidata feminina, não consegue unanimidade dentro do seu partido, hoje ele é um partido dividido, parte dos seus membros estão indo em direção a outros candidatos em uma configuração desditosa para Simone Tebet, praticamente não tem evoluído o apoio do eleitorado, procurando dentro dos partidos apoiadores uma composição para indicação do seu vice, até agora sem sucesso para essa situação nada meritória.
Finalmente, Luciano Bivar, atual presidente do partido União Brasil, tentou emplacar sua própria candidatura ao cargo maior da República, como sua pretensão não foi bem aceita entre seus correligionários, depois de muito vai e vem, Bivar reconhece sua dificuldade para levar seu projeto até o final, definitivamente, reconhece o tamanho do seu prestígio político, acredito até que ele terá dificuldade para se eleger deputado federal, uma pretensão mais modesta e dentro da sua realidade.
Genival Dantas
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