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  • Foto do escritorGenival Dantas

“O que é um espasmo intestinal para quem está todo cagado” (06/04/2020)

Atualizado: 7 de abr. de 2020



Meu último texto, aqui postado, quando eu tratei das eminências pardas, fará parte do terceiro livro da trilogia que estou escrevendo sobre essa nova fase, após a hecatombe ocasionada na sequência dos 14 anos do desgoverno petista e a complementação do quarto mandato, governo Michel Temer.

Muita gente andou reclamando da minha rigidez com as palavras, lamento, mas não posso fugir das minhas características usando minhas observações políticas sem politicagem, além de descaracterizar todo um trabalho que venho textualizando em sincronismo com a realidade dos fatos em conformidade com minha imparcialidade.

Isso posta estou trazendo um tema, sequenciando o anterior, que é o prejuízo que virá após essa página triste da nossa história contemporânea. Vou me ater o que ainda ocorre e para falar do momento se faz necessário termos um parâmetro para podermos fazer uma analogia mais próxima da extensão da pandemia, o que não é uma pantomia. Vou buscar na história a gripe espanhola conhecida como gripe 1918, pandemia do vírus influenza, com letalidade singular, referendada dessa forma por ela ter início nesse ano e controlada no final de 1920.

Esse espaço de tempo, de quase três anos, foi o suficiente para levar infectar 500 milhões de pessoas em todo planeta e levar a óbito 50 milhões, correspondendo a 10% da população infectada à época, provocando uma verdadeira tragédia humana, era o fim da primeira guerra mundial e os seus soldados remanescentes daquele episódio e responsabilizados por disseminarem o vírus pelo planeta, quando dos seus retornos às suas terras saudosas.

Quando vejo esse exército de humanos presos em suas casas e apartamentos, espalhados pela terra, numa sofreguidão angustiante e impensada, com os prazos de recolhimento sendo prorrogados, mesmo sabendo que é uma atitude eficiente a despeito de não ser eficaz, pois não anula totalmente as possibilidades de contaminação, os resultados ainda são omissos nesse aspecto. Para aqueles que vêm já de uma prorrogação quinzenal a situação é mais crítica, principalmente os acima de 60 anos e os portadores de doenças crônicas, formadores do grupo de maior risco, ainda, se forem assintomáticos.

Como somos todos formados com nossos limites, até mesmo a aço tem sua fadiga e limite, o ser humano é uma máquina falível, assim sendo, ele corre o risco de por um período longamente confinado e com o grau de informações negativas impostas pelos canais de comunicações, todos, sem exceção, apresentando dados alarmistas e alarmantes é de se perguntar quem vai responder por uma possível catástrofe de uma massa humana, amanhã, acometidos por um desequilíbrio mental, mesmo que pequeno, mas um novo mal, correndo pelas ruas a gritarem epa! Como verdadeiros seres humanos atingidos pelo isolamento humano e não pelo afastamento social, como devia ter sido.

Essa tesa poderá não ser confirmada nos primeiros dias de libertação do novo Coronavírus, entretanto no passar do tempo os sintomas podem surgir e, quando isso acontecer, não vai aparecer nenhum governo, ou autoridade constituída, se acusando como responsável pelo efeito colateral, reconhecendo que a dose do remédio foi abusiva. Mais ainda, nenhum órgão de comunicação, tipo as TVs marrons ou vermelhas que tanto infernizam os nossos dias atuais, não vão fazer enquete para fins de ressarcimentos pelo prejuízo causado pela programação oferecida com resquício de crueldade para com os telespectadores.

Hoje somos todos prisioneiros da incompetência do Estado com seus Poderes brigando entre eles com discussões políticas, em busca de protagonismo objetivando ficar bem com os eleitores para se posicionarem como candidatos antecipados de uma eleição que nem sabemos se irá ocorrer ainda esse ano de 2020 e a projeção para 2022, provocando uma verdadeira vergonha aos brasileiros, eles, os políticos politiqueiros, deviam firmar o pensamento nesse momento de riscos de vidas e sofrimento humano.

Esses administrados de coisas e não de Seres humanos, certamente ficará se questionando, nos seus pit stop, “o que é um espasmo intestinal para quem está todo cagado” sem nenhuma noção do que seja a importância de uma vida em qualquer fase dela, mormente para os mais próximos.

Genival Torres Dantas

Poeta, escritor e Jornalista


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