O Fato Sem Politicagem 28/02/2021
Depois de denegrir a imagem do competente e brilhante economista Roberto da Cunha Castello Branco, de um currículo profissional invejável, passando pelo conselho da Vate e da própria Petrobrás, empresa estatal de capital misto, o, Deus nos perdoe, presidente da República, Jair Bolsonaro, praticamente demite-o da presidência daquele órgão, virtualmente, em atitude desprezível para um mandatário de um país Democrata.
Fato comparável apenas ao governo petista leia-se, Luiz Inácio Lula da Silva, quando o então ministro da educação, Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque, fora demitido por telefone (23/01/2004) no momento ele se encontrava no exterior (Portugal) a serviço do Brasil. Numa atitude inaudita e em incúria sem coonestar habilita-se ao título de o mais incongruente presidente de todos os tempos e de todas as Repúblicas Democráticas, passa a contestar o trabalho do presidente do Banco do Brasil, em atitude no mínimo inconsequente e incoerente.
O crime do André Brandão, presidente do BB, com larga folha de serviços prestados no meio bancário nacional, com passagens expressivas pelo HSBC e o Citibank, além de trabalho exemplar no próprio Banco do Brasil quando racionaliza o trabalho do banco com corte de funcionários e fechamento de agências deficitárias.
Certamente esse foi o pecado do André Brandão, porém sendo saber da sua capacidade profissional e a carência que o mercado tem por pessoas com suas qualidades colocou o cargo a disposição, atitude encontrada em homens de coragem e sem tendência a ser subserviente a quem quer que seja principalmente aos superiores hierarquicamente, inferiores nas suas atitudes e gestos.
Esses dois passos do Bolsonaro, em direção ao inferno astral, denota o quanto o presidente tem sido infeliz na condução dos recursos humanos do seu governo, nos passa a impressão que as escolhas recaem em pessoas que comunguem com seu método de administração, sem nem um critério, e quando esses começam a mostra algum tipo de capacidade imediatamente é alijado do seu governo, numa clara evidência de que ele não gosta de sombra profissional.
Ao contrário dos grandes administradores que sempre escolhem auxiliares que tenham verdadeiro potencial para crescimento dentro da empresa e não seja empecilho no desenvolvimento do projeto em execução. Para preocupação de todos os brasileiros, produtividade, iniciativa, coragem e obstinação não são predicativos desejados nos colaboradores diretos do presidente, mas que seja desidioso em todos os sentidos, assim como sua postura na condução do país.
Enquanto a sociedade civil, médica e científica, procura combater os males que nos cercam, com a calamidade pública batendo em nossa porta, com Estados e cidades montando barreiras sanitárias dentro dos seus limítrofes administrativos, regiões afetadas até por mais de um sortilégio da natureza, caso específica do Acre, atingido, simultaneamente, por enchentes, provocadas pelo Rio Acre, crise migratória em sua fronteira, surto de dengue e a pandemia do Coronavírus.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu calamidade pública em 10 cidades daquele Estado, nesse caso mais de 118 mil famílias são beneficiadas, por ter segurança jurídica e o governo federal antecipa pagamentos de benefícios assistenciais, além de aposentadorias aos habitantes das áreas reconhecidas.
Não podemos negar que há muita gente trabalhando pelo melhor do nosso país, até mesmo dentro do governo tem pessoas voltadas para o bem comum, indiferente o que pensa o presidente Bolsonaro, governadores e prefeitos têm se aliado nessa cruzada às demandas sociais é o que tem nos safado de situação pior, se fôssemos esperar pelo governo central e principalmente aos administradores do ministério da saúde já estaríamos, definitivamente, arruinados.
Reconheço que tenho sido repetitivo nos seus textos, não posso atuar diferente, temos que insistir na nossa resiliência, tentar sair da enroscada em que nos metemos, contar sempre com quem tem no seu espírito um pouco de cristandade e humanidade, se nos ampararmos chegaremos do outro lado da margem, mesmo enfraquecidos, porém vivos, se não todos, mas a maioria dos mais fortes e abnegados. Não sejamos, pois, negacionistas, acredite.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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