


O fato sem politicagem 11/04/2022
O mesmo de sempre não, pelo menos por enquanto vamos suportando o fardo sobre os ombros que já é muito pesado, sem o acréscimo dos contrapesos que se sentem no direito de juntar aos retardatários e retardados, sem a mínima noção de qualquer projeto de governo, minimamente factível, que seja razoavelmente apresentável a um eleitorado farto de tanta escassez de propostas pelo menos como pano de fundo para disfarçar a ausência de ideias mesmo que vagas.
Depois da celebração da junção das siglas partidárias, constituída de PSDB, União Brasil, MDB, com candidatos postulantes ao cargo de presidente da República, como aliado de última hora, o Cidadania, apenas como figurante, não tem candidato ao cargo maior, agora enrabichado, por puro oportunismo, e falta de espaço no seu partido original, Podemos, talvez até por visão de uma sigla que viesse lhe oferecer melhor oportunidade, a terceira via fica congestionada.
Temos alguns candidatos declarados naquele aglomerado de Partidos, desde a senadora Simone Tebet, inicialmente apoiada pelo presidente do seu Partido, Baleia Rossi, preterida por caciques de peso, direcionando seus apoios ao malfadado ex-presidente e presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva, dentre eles: ex-presidente Sarney, ex-presidente Temer, senador Renan Calheiros, ex-governador Romero Jucá, e outras figuras expressivas dentro do MDB.
O PSDB é um caso especial, além de ter um candidato escolhido em convenção interna do Partido, ex-governador (SP), João Doria, o perdedor da disputa, ex-governador (RS), Eduardo Leite, assim como Sergio Moro, continua sendo candidato sem sê-lo. É uma situação inusitada, esse quadro fatalmente, tendo a complicar o quadro dentro dessa associação partidária, além de não resolver amigavelmente a escolha dentre eles pode provocar um racha interno.
Dessa forma, aquilo que já parecia de difícil solução vai ficando inviável a escolha de um candidato com condições reais para postular o cargo a presidente da República, dentro da terceira via, que seja considerado de real potencial em busca de uma vitória, possibilitando a vida dos dois candidatos preferidos na opinião pública, que fazem a polarização política, Bolsonaro e Lula, virando um verdadeiro ninho de cobras sem cabeças e sem noções.
O gravame da história política é que essa baixa qualidade, em termos de conceito junto ao público, de candidatos que buscam galgar determinadas posições e colocam o orgulho acima de tudo, além de não viabilizar seu nome para a disputa interna, dificulta, ainda, a escolha de outro nome com reais possibilidades de alcançar o sucesso desejado pelo grupo, nesse caso, todos nós perdemos, principalmente para aqueles que não desejam os candidatos da polarização.
A impressão que fica é que esse tipo de atitude só beneficia os dois candidatos da outra ponta, mesmo sem méritos para ganhar ou retornar ao cargo, com a quantidade de votos que têm, certamente, um dos dois será eleito sem grande dificuldade, por pura incapacidade nossa e negligência como falta de visão dos nossos políticos, que há muito tempo usam suas cabeças para uso de chapéus e nada de colocar a cuca para funcionar.
É de se pensar que é de caso pensado, o famoso corpo mole, jogo político, muito bem bolado dentro das suas paróquias com nada mudando, ficando tudo como ante, como acontecia com a troca de comando quando a situação era favorável aos dois maiores Partidos que esteve no comando do País, PSDB e PT, arranjo feito até a chegada ao quadro político do inesperado deputado do baixo clero Jair Bolsonaro, que será beneficiado caso seja reeleito, para desespero geral dos políticos incompetentes.

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