


Novo governo velhas práticas 17/02/2023
Realmente, como é difícil entender quando o sujeito pratica o facciosismo renitente, esse fato se aplica nas palavras do Lulopetismo quando seus componentes são indagados a respeito da trajetória política dos seus componentes, a maioria dos que fazem parte do próprio governo, indicada pelo presidente Lula da Silva, não faz parte das fichas limpas, destarte, o próprio presidente se considera limpo e a Dilma Rousseff foi vítima de um golpe.
Essa cantilena apregoada pelo presidente Lula da Silva tem se tornado enfadonha, quero crer que tanto o Congresso Nacional, como o próprio STF, com a participação do ministro Ricardo Lewandowski, à época, presidente do STF, foi o presidente da sessão, no Congresso, quando a ex-presidente Dilma sofreu o impeachment, quem podia estar reclamando de golpe é o povo que teve naquele dia a Constituição fatiada pelo ministro Lewandowski.
Tudo em nosso país é eminentemente escuso, depois de cair por terra as famosas emendas do relator, existe ainda em curso a famosa “emenda Pix”, repasse federal sem transparência, para uso dos parlamentares sem a devida obrigação da famosa satisfação ao público e o caminho para onde vai o dinheiro que na somatória representa bilhões de reais ($) no decorrer de um ano, práticas que até mesmo o carnaval faz folia com tamanha descompostura.
Estou citando o carnaval por ser um período voltado a esse tema e há notícias que em apenas nos primeiros 15 dias de fevereiro, antecessores ao carnaval desse ano, em apenas 22 cidades do interior do Brasil já foram consumidores R$ 4,8 milhões desse recurso público. O que nos deixa mais aflitos é a capacidade do administrador, prefeito, gastar dinheiro com essa finalidade e seu município, muitas vezes em estado de calamidade.
O que me leva a perplexidade é o fato de sermos um país carente em muitos setores e ficarmos torrando dinheiro público em festas como o próprio carnaval, com todo respeito que tenho pela causa carnavalesca, como brasileiro, também já curti muitos carnavais na minha juventude, porém tudo se resumia ao tamanho do bolso do folião, hoje, as notícias que correm é que muitos shows são financiados pelo dinheiro recolhido dos nossos impostos.
Na outra ponta temos algumas áreas de competência do Estado brasileiro em proporcionar um atendimento a contento, porém vivem com mil dificuldades e aquém das necessidades do povo brasileiro. Tomando por base a saúde pública, temos o Sus, muito embora seja referência mundial, pela sua abrangência, em muitos locais do Brasil, ele se apresenta deficitariamente, e até mesmo, em determinadas situações fica ausente.
Tomando como base o setor de Radioterapia, o setor é colapsado, deixando claro que em dois Estados, Amapá e Roraima não há nenhum serviço de Radioterapia, oferecido pelo SUS. É importante frisar que a OMS indica 1 aparelho de Radioterapia para 300 mil habitantes, enquanto a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) preconiza 1/450 mil habitantes, conforme o Ministério da Saúde temos, 316 aparelhos atendendo previdenciário (SUS) e privado.
Existe ainda outro fator determinante, os grandes centros ficam melhor servidos e os pequenos núcleos são deficitários, há problemas de financiamento financeiro e o aspecto dos profissionais que procuram se fixar nas localidades em que eles possam se desenvolverem profissional e tecnicamente. Somente com um trabalho de melhoria na implantação de novos modelos de ensino a distância e o espírito empreendedor dos investidores do setor poderá haver melhora para o futuro.
A iniciativa do governo nessa área será determinante, a saúde pública anda de mãos dados com a iniciativa privada, além de sofrerem com os custos dos investimentos, em qualquer área médica, mormente na tecnologia de ponta, o setor exige isso, tem que trabalhar com tabela defasados do próprio SUS. Esse é um mercado de verdadeiro sacerdócio, não é remunerado com seus custos e se não investe é superado pelo concorrente. Isso é um fato a ser estudado.

Genival Dantas
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