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O eterno dissabor do sofrimento em público (21/09/2020)

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas



O Fato Sem Politicagem 21/9/2020

Dando continuidade ao tema das próximas eleições, apenas para corrigir uma falha de colocação quando deixei de ressaltar a importância de se priorizar a votação nos novatos na política, sem, entretanto, avaliar o comportamento de alguns veteranos de mais de um mandado, tanto no Legislativo como no Executivo, esse último limitado apenas a dois mandatos subsequentes.

Não podemos incorrer no erro de por força de opinião e, ou conceito basilar não considerarmos alguns poucos políticos que eventualmente tenham se portado de forma digna ao merecimento do seu prestígio na hora da escolha do seu voto, não sejamos tão radicais ao ponto de considerarmos apenas o novo como prioridade total, nada é tão acabadote, ou avelhentado como se ter esse tipo de pensamento.

A primazia continua sendo aquilo que melhor representar os interesses coletivos e o melhor para o interesse coletivo é exatamente as ações de ganhos promovidas pelos nossos representantes. Falando neles devemos registrar que no nosso Legislativo Federal estamos com uma plêiade de legisladores que andam pensando nos céus olhando para o chão, quando muito no entorno dos seus umbigos.

Enquanto a Nação carece de atitudes de homens com pensamentos voltados para os transtornos causados por tantos problemas de diversas situações danosas ao nosso povo, eis que surge um ser dotado de alienação tangencial aos assuntos correlatos ao distanciamento público, ou seja, nada relacionado ao abstrato. Trata-se da figura do presidente da Câmara dos Deputados querendo discutir o sexo dos anjos nascidos nos EUA e na Venezuela.

Enquanto somos sacudidos pelos problemas mais cruciais oriundos da necessidade premente de contornarmos diversas aflições de um povo atingido pela pandemia do Coronavírus e as queimadas do nosso pantanal, fica sua excelência, deputado Rodrigo Maia, emitindo opinião sobre o que falou ou deixou de falar o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em sua estada em Roraima, condenando os efeitos maléficos do comportamento do representante maior da Venezuela, Nicolas Maduro e suas ações anti-humanitárias, consideradas ditatoriais por toda comunidade internacional como desalinhadas com qualquer gesto democrático.

A defesa do nosso chanceler Ernesto Araújo ao pronunciamento da autoridade americano, em nosso território, fez o que devia ter sido feito, mesmo porque ele, o chanceler brasileiro, atua em defesa do governo brasileiro e o pensamento do atual governo não diverge da maioria dos governos da América do Sul e do Norte, não teve nenhuma interpretação de princípios anticonstitucionais, o que efetivamente ocorreu foi uma defesa e condenação de princípios ideológicos.

O que mais lamentamos foi à corrida de chanceleres brasileiros, de governos anteriores, todos de esquerda e socialista convicta, dentre eles o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também ex-chanceler no governo Itamar Franco, único governante tipo como verdadeiro Democrata na sua essência, sem subterfúgios, todos em defesa do deputado Maia.

Maia que perdeu uma grande oportunidade de ficar quieto e ir buscar apoio ao seu nome ao governo do Estado do Rio de Janeiro, caso as eleições sejam indiretas e pela Assembleia daquele Estado, na iminência da cassação do governador afastado seja cassado conjuntamente com seu vice e atual governador em exercício, Wilson José Witzel e Cláudio Castro, respectivamente. Dessa forma, e imbuídos de espíritos unicamente políticos, alguns brasileiros, que em alguns momentos tiveram suas importâncias para a história do Brasil, prestam grande desserviço ao nosso povo.

Muito embora as chuvas resolvessem voltar depois de uma longa estiagem, pelo menos no Centro-Oeste, Norte e o Sudeste, foram prestigiados com alguns índices pluviométricos, nesse último final de semana, não foi uma solução esperada, mas pelo menos atenuou um pouco o desespero da população daquelas regiões, sufocada pelas chamas e fumaças prejudicando a saúde de todos. Para quem não sabe ainda, as chamas já consumiram aproximadamente 20% da nossa fauna e flora, tanto no MT como no MS, ambos os Estados já pediram socorro ao governo Central que prima pela morosidade e a burocracia para atender as situações emergenciais.

É bom que se diga, não é apenas os Estados e regiões que pedem socorro em função dos seus problemas localizados. Em decorrência da Coronavírus, as regiões mais afetadas continuam pedindo clemência pela falta de assistência, muito embora o socorro emergencial fosse fundamental para os que dele se socorreu, mesmo assim, há muitas outras famílias dependendo da caridade humana e da própria solidariedade do povo brasileiro que tem demonstrado forte calor humano nessa hora de desespero dos mais fracos.

A solidariedade por parte da sociedade civil, contando com grande número de empresas e empresários continuam servindo os necessitados, lembrando que a velocidade das necessidades continua em ritmo bem maior que a bondade humana, em algumas regiões as doações representam apenas 25% da necessidade da população. Enquanto outras a defasagem é bem maior, em torno de 10%, portanto há uma grande necessidade em desequilíbrio entre o necessário e o possível de ser feito.

Posso até me tornar cansativo, mesmo assim, não posso me furtar de lembrar aos que mais podem continuar socorrendo, com alimentos, tanto as vítimas do fogo, tanto os seres humanos como os próprios animais que são socorridos por voluntários. Como ainda, as vítimas da Coronavírus e suas consequências, dentre eles, temos os isolados ainda por comporem grupos de riscos, mormente os idosos e vítimas de comorbidades.

Para piorar a situação não vamos esquecer-nos das vítimas do desapego ao ser humano que são aquelas famílias que dependem dos peritos e a queda de braços deles com o Governo Federal, o resultado é ausência de atitudes e que esses maltratados seres humanos voltem a ter o mesmo tratamento que é dado a todos nós, sem descriminação, apenas isso que pedimos, todos têm o direito de sobreviver, mesmo na guerra há o armistício, esse caso já passou do momento.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista



 
 
 

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