Com o final das comemorações do carnaval esperávamos o recomeçar de um novo ano na política nacional, porém o que temos visto é o recrudescimento de absoluta falta de noção nos políticos que foram eleitos para o Legislativo nacional sequenciando atos, gestos e palavras vindas do Executivo, sem, entretanto, contarmos com a ausência do Judiciário nessa peleja dos desencontrados.
O que mais lamentamos é a desfeita que tem ocorrido com nossa Democracia, tão cara aos nossos antepassados e maculada pela nossa geração. Perderam o respeito pelos nossos valores, àqueles que estão revestidos nos seus cargos públicos não têm mais noção da responsabilidade que carregam nos seus ombros, sabemos que o fardo é pesado, porém a honra da grata satisfação de ser escolhido para ajudar a Pátria nesse momento é enorme.
É uma pena que a maioria dos políticos não se atém aos compromissos assumidos perante aos seus eleitores e transforma o Congresso Nacional numa bodega de ponta de vila. Enquanto o carnaval desse ano nos deixou um saldo negativo quando os foliões, suas escolas e blocos trataram os políticos de forma cambiante e pejorativa, mormente a oposição que para atingir o Executivo enalteceram figuras de pouco crédito junto ao Governo Federal refiro-me, nesse caso, ao Educador Paulo Freire, rejeitado pela atual administração federal. Mais ainda, a figura do nosso Jesus Cristo, tão enaltecido pelos cristãos e seguidores, fazendo comparações jocosas, sem a menor necessidade, apenas contrapor com o ponto de vista dos nossos governantes que procuram valorizar os princípios pregados pelo maior pensador de todos os tempos, cuja filosofia e conceito religioso já ultrapassam os dois milênios.
Sabemos, esse assunto tratei em texto anterior, temos uma crise institucional instalada no nosso país, em primeiro lugar o próprio presidente Bolsonaro é um dos responsáveis por essa situação criada pela sua própria estupidez que ressente de equilíbrio e ponderação no gerenciamento das ações inerentes ao cargo de presidente da República.
Aliado a essa situação não observada pelos mais próximos ao presidente Bolsonaro há o despreparo dos que administram o Congresso Nacional, com os presidentes das duas casas, Senado e Câmara Federal, aliados de uma oposição não muito republicana, e a ala do chamado centrão, investem na ideia de uma República Parlamentarista.
Querem aproveitar as falhas de comportamento do presidente Bolsonaro para justificarem um processo de impeachment do presidente e seu consequente afastamento do cargo, o que seria verdadeiro retrocesso na nossa vida política, nos 32 anos da nova Constituição já teve dois impeachment e uma sequência de atabalhoamento política, com correntes políticas se perdendo no transcurso de mandatos, com gestões fraudulentas, mesmo que eleitos pelo povo, voto direto, foram praticantes de desvios de condutas e farta corrupção recorrente e crônica, com danos irreparáveis ao erário.
Para piorar o quadro político, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no auge da sua insensatez, se reúne com o Embaixador da Espanha, Fernando Garcia, e outros embaixadores, sabendo que estamos em estado de tensão profunda, com beligerância entre Executivo e Legislativo, essa reunião, por mais Legal que seja, juridicamente, é imoral, pelas circunstâncias e o clima político. A Espanha é um país moldado ao socialismo e parlamentarista, portanto chega a ser um despropósito e despropérios, até mesmo afronta ao Executivo.
Nervos acirrados, bandeiras levantadas, uma verdadeira corrida contra a paz interna, os situacionistas e os adversários torna o discurso mais áspero e menos consequente, tudo isso para mostrar poder e vaidades pessoais, veleidades e uma frenética busca de protagonismo numa marcha anunciada para o dia 15/03, próximo futuro e a intenção de torna-la verdadeiro fracasso, esses são os objetivos lançados pelas correntes oponentes, cujo resultado final será uma grande insensatez para os dois lados.
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