O calendário aponta para um novo ano e novas turbulências
O Fato Sem Politicagem 01/01/2022
Entre trancos e barrancos conseguimos ultrapassar a barreira de 2021 e chegar ao primeiro dia deste ano de 2022, com a sensação de uma batalha vencida em uma guerra de quatro atos, sendo este último de um pesadelo terrivelmente difícil de superação. 2022 vem com a corda toda, inclusive com situações desgastantes e conflitantes para o brasileiro.
Alguns temas ficam por conta das narrativas históricas, muitas das quais somos festejados pelo nosso espírito esportivo e alegre, muito embora as vicissitudes não nos ajudem muito, caso específico do campeonato mundial de futebol, mesmo tendo se classificada antecipadamente, nossa seleção é comandada por um técnico nada simpático ao grande público.
Adenor Leonardo Bachi, conhecido popularmente como Tite, é um técnico consagrado e reconhecido pelo seu valor como ex atleta, depois como professor nos gramados do esporte mais popular do Brasil, mesmo assim, não conta com a maioria do apoio da torcida brasileira, considerando que sempre foi dessa forma, vamos apostar no seu sucesso.
Outro assunto que não é tão comentado, mas é de uma importância histórica significativa para todos nós, neste ano de 2022, vamos comemorar o bicentenário da nossa independência do julgo português, não se pelas circunstâncias negativas que atravessamos, pouca importância tem sido dada, pela sua relevância política e econômica.
Lembro-me perfeitamente, 1972, sesquicentenário da nossa independência foi uma verdadeira festividade, eu trabalhava e estuda em Recife/PE, a cidade foi um dos palcos de uma mini copa de futebol, o maior jogador de bola da Europa era exatamente o Eusébio, de Portugal, ele integrou a seleção portuguesa fazendo grande sucesso no Brasil.
Tempos são outros, lá se foram (50 anos) vivemos uma outra realidade, com problemas mil, à época o petróleo era nosso, as usinas hidroelétricas eram construídas, as estradas rodoviárias sendo implantadas, o ex-ministro Antônio Delfin Neto, era o grande maestro civil, no governo militar, transitando pela economia, planejamento e até agricultura, com a mesma desenvoltura, equilíbrio e eficiência, sempre peculiar ao seu cabedal intelectual do professor e mestre da economia, micro e macro.
Vamos nos voltar ao nosso ano em curso, iniciado ontem, com o estigma de terrivelmente apavorante, dado ao acumulo de projetos em andamento sem o devido estágio de definições positivas, algo de muita preocupação para um país emergente, considerado como grande potencial econômico, mas que perdeu o status de país do futuro, para país desolado.
Como o Brasil vem sendo desgovernado, por, aproximadamente, 20 anos, de forma absolutamente irresponsável, por duas correntes políticas contrárias, porém desarticuladoras, o Lulopetismo sendo eleito o maior desastre das Repúblicas Democráticas, de todos os tempos; o Bolsonarismo sendo representado pelo seu líder insipiente e inoperante.
Como teremos eleições para presidente da República, neste ano, considerando que os principais pré-candidatos ao cargo majoritário, Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, esses senhores, como ex-presidente e presidente da República, respectivamente, são citados como os líderes de votos, nos levantamentos feitos pela imprensa e órgãos competentes.
Dessa forma, caso o Brasil se repita e eleja um desses prováveis postulantes, teremos, certamente, um grande retrocesso na nossa história política e econômica, cujos resultados só teremos uma avaliação mais próxima da realidade, depois da catástrofe passada, caso sobre algum pedaço do Brasil que possa ser considerado de país.
Infelizmente, inicio meu sétimo tomo da trilogia “Brasil, apesar dos percalços, um País soberano, com este texto soberbamente triste e melancólico, entretanto não posso esconder os fatos e sua realidade. Para que ocorra uma reversão da situação precisávamos de uma terceira opção ao cargo de presidente da República com reais possibilidades de vitória.
Vejo com pesar que essa possibilidade, intitulada de terceira via, dificilmente ocorrerá, não por falta de opções, mas por absoluto egoísmo dos concorrentes, que por falta de humildade, vão todos em busca de uma chance e no final da batalha, todos morrerão abraçados, para desconsolo e tristeza dos brasileiros terrivelmente humilhados.
Comentarios