O Brasil precisa de CPI isenta para auditar a CPI do Coronavírus
O Fato Sem Politicagem 28/10/2021
Adiantei em trabalho anterior que hoje faria algumas ressalvas sobre o que efetivamente foi desenvolvido na CPI do Coronavírus e as possíveis possibilidades de resultados de concreto no contexto político nacional. Como foi uma ação desenvolvida com víeis ideológicos, portanto, iniciado com cartas marcadas, destino certo e às claras, de forma absolutamente consciente ela foi descrita no relatório do seu relator como um modelo de arte.
O Senador Renan Calheiros, como relator, foi a própria reação do represamento de ódio contido entre os políticos mais longevos dentro do cenário nacional, não tenha dúvidas que há uma grande porção de desavença entre alguns políticos e o presidente Bolsonaro, extensivo aos seus filhos, também políticos e de comportamentos aloprados, tal qual o Jair Bolsonaro, provocadores e excessivamente polêmicos.
As mais de 1200 páginas escritas pelo senador relator, foi exageradamente imprecisa e desnecessária, pois bastaria 1 lauda, bem elaborada, politicamente objetiva, sem clientelismo ou aleivosias, com absoluta imparcialidade, apresentando os fatos sem politicagem, e ou até mesmo intriga de compadrios, presença de princípios éticos e acima de tudo honesta nos seus apontamentos, incluindo todos os personagens responsáveis pela tragédia do Coronavírus.
Volto a repetir, na minha concepção, não houve um único criminoso em âmbito de Estado, os três graus, em muitas situações a participação dos Municípios, Estados e o Governo Federal, tiveram participação direta e efetiva acarretando danos que podiam ser amenizados. O relatório foi omisso na sua narrativa de tal forma que já começa a haver disposições contrárias à sua positividade, ficando restrito apenas ao Governo Bolsonaro.
Essa situação já fez o presidente da Câmara, Arthur Lira, se manifestar contra alguns itens que incluíam alguns deputados, aliados do presidente Bolsonaro, apenas para enfatizar mais o aspecto criminoso do Bolsonaro, na condução dos trabalhos junto a Pandemia, mesmo sendo mundial, esse fato passa desapercebido, o que interessa mesmo é a condenação antecipada do presidente da República, sabemos da sua inércia, não desconhecemos outras autoridades em outras esferas, também inoperantes.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tenta se equilibra entre a possibilidade de sair candidato ao cargo majoritário, presidente da República, ou até mesmo compor uma chapa em aliança com a esquerda, formando par com Luiz Inácio Lula da Silva, dessa feita como vice-presidente. Nesse impasse, o que é normal para essa época, possivelmente o senador Pacheco vai tentar legar o assunto da CPI em banho maria, lavando as mãos.
O PGR, Augusto Aras, deve fazer suas buscas, como manda o figurino, juntamente com outros procuradores, há pessoas, além de Bolsonaro, como foro privilegiado, que precisa ser feito todos os levantamentos para acusação, ou não, dando uma satisfação ao povo brasileiro. Não posso prever se vai haver algum pedido de acusação formal, ou se a PGR não vai encontrar provas para incriminar os respectivos réus apontados pela CPI.
Se tudo correr conforme a Constituição, o STF vai esperar as conclusões da PGR, na sequência encaminhadas ao presidente da Câmara, finalmente o destino final será o próprio STF, para a conclusão desse trabalho no mínimo desajeitado. Acredito, pela mediocridade da peça final, devia ser feita uma CPI, dentro do Congresso para aferir o trabalho dessa Comissão delirante, com trabalho incompleto, viciado e pobre de informações objetivas e Republicanos, esse foi um desserviço ao povo brasileiro.
Ficou muito feio para o Congresso Nacional, numa fase tão crítica em que atravessamos, com mais de 606 mil vítimas fatais, nesses últimos 18 meses, aquele Poder ficar levantando culpados e responsáveis pelas ocorrências, quando sabemos que se trata de uma pandemia planetária, com nossas autoridades, sem exceção, tendo responsabilidades direta ou indiretamente na tragédia que estamos vivendo. Na hora da apuração não há meias verdades.
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