O fato sem politicagem 15/06/2022
É espantoso verificar o Brasil mergulhado em crises de vários tipos, duas de maior importância que é a crise dos juros altos e preços dos combustíveis, ainda defasados, jogam o país na berlinda. O que é mais triste é verificar, nessa hora de sacrifícios e atitudes patrióticas, mormente pelos que dirigem nossa Nação, o STF, talvez não tão cioso das suas obrigações, pede explicações ao Executivo do caso do sumiço do Bruno Pereira e Dom Phillips, na mata amazônica.
Mal posso acreditar, diante de tantas dificuldades que atravessamos, com os juros abusivos, praticados pelo mercado financeiro, mais uma carga extorsiva, por parte do Banco Central, elevando a Selic para 13.25%, a alegação é que os juros altos o consumo é segurado e a inflação tende a decrescer. Confesso que até agora só tenho visto esse remédio amargo inviabilizar projetos familiares, sem desacelerar a inflação que já é estratosférica.
No mesmo barco com destino ao futuro incerto encontra-se o preço dos combustíveis, mais uma rodada de aumento é anunciada para breve. A alegação é a mesma de sempre, nossos combustíveis fósseis precisam ter paridade com o mercado internacional, mesmo que essa atitude possa levar nossa economia, definitivamente ao fundo do poço. O atual presidente da Petrobrás S/A, já demissionário, como se previa não teve pena da triste sina dos brasileiros mais pobres.
A impressão que temos é que os nossos gestores estão todos unidos para ver a derrocada do Brasil, não há nenhuma sensibilidade nos homens que militam dentro dos Poderes e instituições agregadas, nessa situação de penúria não temos para quem recorrer, estamos, definitivamente, a ficar fadados dentro de um labirinto correndo em torno de uma luz cada vez mais distante, dessa forma, atingimos um número nada desejável, temos 33 milhões de brasileiros famintos.
Quando debruço sobre esses números fico inconsolável, esse número representa aproximadamente 15% da nossa população, mais ainda, há um exército de pessoas, beirando os 120 milhões, com alguma carência alimentar. Nada disso provoca reações nos nossos nutridos funcionários públicos, claro que no meio deles há algumas correções a ser feitas, mesmo assim, é no mínimo desconfortante, termos um País de famintos e os Poderes mergulhados em pequenos problemas.
Volto a primeiro parágrafo para falar do meu descontentamento com o STF. Claro que não queremos que pessoas sejam mortas em nossas selvas, entretanto, diuturnamente, vários brasileiros são assassinados e somem nas vias públicas, e ou estradas do nosso País. Precisamos prestar contas da nossa responsabilidade para com nossa população, mas há momentos em que temos de separar as urgências e emergências, nada mais urgente que a dignidade humana.
É, eu estou chegando numa conclusão , nua e crua , e vou usar as palavras do filósofo Sócrates ; EU só sei que.nada sei !!!