O Fato Sem Politicagem 07/11/2020
Desde o último dia 03 estamos sendo massacrados pelos noticiários de uma televisão voltada para o mais do mesmo, com protagonismo específico das eleições para presidente dos EUA. Depois de longas e estafantes horas de espera, finalmente o mundo se convenceu da vitória do Joiseph Robinette Biden Jr. ao cargo mais importante no mundo Democrata, presidente dos EUA e sua importância para o mundo Ocidental. Não tenho dúvidas que foi uma das mais acirradas disputas eleitorais que já presenciei enquanto testemunha ocular.
O vitorioso candidato do Partido Democrata fez por merecer e com os méritos de quem precisava tirar de circulação política seu oponente com toda sua arrogância ignóbil comportamento no trato com os outros humanos, não sei como virá o novo presidente eleito, mas certamente não deve ter as mesmas características do atual, considerado, e o fato é verdadeiro, um mega e bem sucedido empresário americano, com fama de vencedor, porém despido de total espírito político e dono de um negacionismo que só fez da sua atuação, com exceção da área econômica, um presidente ausente de boas práticas no trato com, principalmente, a pandemia do Coronavírus e suas sequelas desestruturantes para o seu país.
O mundo não vai se modificar em função apenas da presença de uma única pessoa no comando do maior país democrático, ainda a maior economia mundial e seu potencial armamentista. Mudará a visão e a participação de uma nova equipe com novos argumentos de gestão e a participação mais participativa com outras nações, modificando o panorama de isolamento em que se pôs o atual presidente americano. Certamente o relacionamento com outras potências como a própria China será mais cordial e amistosa.
Tenho certeza que pode até ocorrer novas situações de conflitos entre americanos e o resto do mundo, entretanto o sentido de confronto ficará mais distante. Não podemos fazer previsões, o importante é pensarmos positivos nesse momento em que os acertos devem vir já com o momento de transição, o novo presidente Biden não é o neófito no Governo Central Americano, ele como vice-presidente do Barack Hussein Obama teve uma participação bastante elogiável, principalmente na política internacional.
Os Democratas tiveram papel relevante na condução nas relações exteriores, nos últimos 60 anos, dentro do tempo da história que estou acompanhando presencialmente, lembro-me da capacidade política e administrativa daquele que reputo como o maior presidente democrata que já vi atuar. O saudoso presidente Kennedy (1961/1963) foi de fato e de direito um caso especial para os EUA e para o mundo, muito embora ele tenha convivido com uma época de muitos conflitos e confrontos, foi cirúrgico nas relações com a antiga União Soviética, envolvimento de Cuba e a guerra fria e sua quase guerra atômica, não fora sua capacidade política hoje não sei se estaríamos contando essa história tão delicadamente!
O resultado dessas eleições nos EUA parece-me um avant première do que virá para o Brasil em 2022, há uma identificação muito forte entre o presidente Donald Trump e o presidente Bolsonaro, eles são verdadeiros gêmeos siameses, politicamente falando, sem noções de governabilidade, desconhecedores de fatores de risco quando se administra olhando para seu próprio umbigo, total desprezo para com seus opositores e até mesmo correligionários, sem nenhum respeito para com as minorias, nesse universo podemos colocar os gêneros, raças e outros.
Esperamos que até 2022 o brasileiro tenha um amadurecimento político suficiente para enxergar o que o mundo nos ensina, não repitamos erros do passado, avaliemos o grau de liderança que um elemento tem que ter para dirigir uma Nação, uma pessoa não pode e nem deve se impor pela arrogância e não deve ser respeitada pela violência e sim pelo respeito e observância dos direitos de seus liderados.
Ao novo presidente dos EUA desejamos que ele venha com a postura de líder nato, se revanchismo, inclusive como o nosso país, a simpatia política do presidente Bolsonaro não é extensiva aos brasileiros, com muito desejo de acertar e com um quadro de assessores imbuídos de muita convicção democrática e desejo de acertar nas suas ações por mais simplórias que possam parecer para quando descortinar as maiores tenha o mesmo final feliz.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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