O arquétipo da retaliação governista é no mínimo cataclísmico
A semana política anterior, 26/30, foi desastrosa para o governo brasileiro, além dos caos provocado pelas queimadas da Amazônia Legal, temos outros fatores que têm contribuído para essa situação de descompasso na retórica da ação e comunicação do Palácio do Planalto, temos verificado a extrema e urgente necessidade de passarmos por um processo de depuração nas propostas apresentadas pelo governo, até mesmo dos demais Poderes, Legislativo e Judiciário, na tentativa de evitarmos essa avalanche de temas desencontrados sobre um mesmo assunto, transparecendo uma conotação de um País administrado pelo alarido das calhandras.
É chegada a hora do bom senso, todo mundo tocando seu instrumento, dentro da sua pauta e no mesmo ritmo, sem a absintada ideia de invasão de espaços e notas, como deve ser a harmonia dos grandes concertos. Os números que a imprensa tem apresentado, mesmo havendo certa evolução, principalmente no plano econômico, como o pequeno crescimento do PIB no último bimestre, apenas 0,40%, mesmo assim, o dobro do previsto inicialmente, porém muito aquém dos resultados apresentados pelos demais países emergentes.
Depois de desfilarmos em passarelas da economia, no início do atual governo, ostentávamos um índice de crescimento em torno de 2,5%, hoje lutamos para não cairmos do patamar de 0,5% no ano. Confrontado com nossos pares emergentes que apregoam crescimento de, 6,2% China, Índia 5,8%, Filipinas 5,5%, Indonésia 5,4%, Malásia 4,9% e Colômbia 3,4%. Para crescermos de 3% a 4% ao ano, número mínimo recomendável para absorção da mão de obra entrante no mercado, anual, teríamos que ter investimentos no PIB de 22% a 23%, vide Confira do Jornal O Estado de São Paulo,
Infelizmente o Governo Federal tem contribuído para que os números da economia permaneçam reticentes sem nenhuma evidência que venha uma onda de crescimento em nos próximos meses. A veemente repulsa ao ensino de excelência, criando novos cientistas e inteligência artificial, que será como já são em vários países, para que as nossas commodities minerais, que um dia acabará, pois elas representam uma riqueza não renovável, sejam substituídas por outros valores permanentes e o país entre em círculo pujante, acompanhando o crescimento mundial.
Temos exemplos claros como o vale Silício que associado a Universidade Stanford. Boston tem um hub tecnológico graças a Harvard e MIT, ainda, China e Coreia do Sul, brigam par e passo com o gigante americano.
Toda essa revolução industrial só aconteceu pelo maciço investimento de seus governos e a importância dada à sobrevivência profissional dos seus habitantes, sem contaminar o meio ambiente acima de níveis suportáveis, isso também é zelar pelo ecossistema.
Nessa situação totalmente descuidada e relevada, em detrimento das nossas matas que continuam sendo exploradas aleatoriamente, sem os devidos cuidados necessários. Esse aspecto tem tornado o Governo Bolsonaro rejeitado por parte da população que vem em um crescente galope, chegando ao linear da popularidade em números sofríveis para quem teve apoio expressivo da Nação.
Os números recentes da Data Folha exprimem o estado de penúria política que saltam aos olhos até mesmo dos menos informados. O Governo é reprovado por 38% dos entrevistados, enquanto apenas 29% continuam acreditando numa reviravolta e Bolsonaro possa caminhar em terra firme. É necessário que ele faça uma reflexão sobre seu desempenho no Palácio do Planalto, medite sob os auspícios do Grande Arquiteto do Universo e tome uma posição, seja ela qual for não fique sobre o muro, morno, Deus não gosta dos mornos, pelo contrário, ele os rejeita.
Há uma convergência nacional em direção ao descrédito, precisamos mudar a rota e desviar do mau tempo que se aproxima, o comandante vai ter que ser extremamente prudente e usar de toda sua perícia militar para conseguir ultrapassar essa fase de mau agouro, se quiser chegar ao final do voo e pousar em terra firme, caso contrário, abortar o voo seria uma fatalidade, entretanto, tudo em nome do Brasil, é preciso.
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