O Fato Sem Politicagem 29/12/2020
O mundo se debruça sobre as possibilidades dos efeitos que virão após a pandemia do Coronavírus e suas sequelas, tanto na área médica sanitária como na economia mundial, de uma coisa já temos certeza, depois desse desastre planetário nunca mais seremos os mesmos. Agora com muito mais possibilidades de pesquisas e uso das novas tecnologias no auxílio da medicina em busca da cura de novos problemas futuro, com novas pandemias que certamente virão dentro da sua relatividade.
Por enquanto vamos contabilizando nossas perdas e danos, Continentes tentando salvar vidas sem prejuízo de outras, emprego de recursos financeiros objetivando manter populações menos favorecidas aquarteladas, longe das contaminações prováveis, pelo contato direto entre as pessoas, mormente as de alto risco, tais quais os mais idosos, possuidores de comorbidades, e aqueles que trabalham na linha de frente no combate das doenças transmissoras.
No Brasil o quadro não é muito diferente dos demais países, não fora um diferencial que nos faz mais propensos à contaminação no estágio inicial da presença do vírus, tem uma característica diferente da maioria dos outros povos, estamos sendo administrado por um governo negacionista, indiferente aos apelos médicos e de cientista renomados, que gritam aos brados por assistência mais pontuais e menos politiqueira, com medidas assertivas do ponto de vista curativa, com adoção imediata das vacinas já disponíveis no mercado internacional.
É triste verificarmos a Europa fazendo sua campanha de vacinação, na maioria dos seus países, Ásia seguindo no mesmo ritmo e os EUA correndo em busca de imunizantes para uso da sua população. A nossa América do Sul já tem alguns países sendo assistidos por essa política preventiva, até mesmo nosso vizinho a Argentina faz uso de um produto desenvolvido na Rússia, indiferente de origem, bandeira ou credo religioso.
Enquanto isso, seguimos na caminhada inglória a discutir problemas alheios ao combate da cura ou prevenção, com a contaminação avançando por entre fronteiras dos nos nossos Estados. O ministério da Saúde sem noção de como administrar a crise da sua pasta fica a mercê do presidente da República que não sabe nem para ele mesmo, portanto sem poder orientar seu imediato, coisa de Brasil republiqueta, sintomas que nos caciques e coronéis continuam em atividades, rudimentarmente, mas continuam.
Ante esse quadro desolador o que esperar para um próximo ano que se avizinha e o que se observa é apenas a mudança de datas no calendário. O Governo Central continua inerte perdido em seus pensamentos longes e rasos, tentando repassar a terceiros sua incompetência e o ridículo papel de curador barato, tentando medicar, coisa que não é da sua competência, ele não é médico, pacientes com produtos sem o devido respaldo científico, pelo menos sem comprovação de efeito prático, até hoje.
Para que se possam resolver os problemas mais imediatos como o desemprego, com mais de 14% da população ativa, na calçada do desemprego, os assistidos pelo plano emergencial recebendo a última parcela de ajuda, sem previsão para o próximo mês. Nenhuma perspectiva de um quadro animador na criação ou abertura de vagas nas empesas, essas estão, grande parte, em estado falimentar, pela parada que houve na produção industrial e comercial, sem as garantias de apoio governamental e a estrutura de outros países de cultura diferente da nossa.
Com a economia engessada, a dívida interna chegando ao patamar do PIB, sem poder gastar com os investimentos públicos para não fugir da responsabilidade fiscal, o governo federal amarga a triste sina de ser um país com custo administrativo superior ao de muitos países de primeiro mundo, sem nenhuma noção de como sair dessa enroscada, caso não consiga aprovar sua reforma fiscal e administrativa, colocando os pingos nos is.
O que mais nos chama atenção é o comportamento do Judiciário que vem trabalhando, alguns ministros do STF e STE manobram diuturnamente para fazer do ex-presidente da inconsistência e despautério, elegível, com condições de disputar a presidência em 2022. Esse será o maior desserviço que esse Poder vem prestar ao povo brasileiro.
Já acredito que essa possibilidade possa ser viabilizada, assim sendo, o Brasil terá um retorno de décadas, mesmo que continue o Bolsonarismo, ou retornando o Lulopetismo, é comutativa, a ordem dos fatores não altera o produto. Nesse caso, para quem não sabe para onde vai qualquer caminho não serve. Que me desculpe “Lewis Carroll”.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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