Não trate o passado como destino, apenas como referência

Vive de tal maneira que não faças nada que não possa dizer a teus inimigos

Sêneca – 15/09/2025

Feliz o homem que pode usar seu passado como referência hoje, em busca de sedimentação do seu curriculum, sem ter que esconder partes ou trechos de sua vida, principalmente se ele tiver atividades políticas e ou relacionadas ao tratamento com o grande público, colocando sua honorabilidade em jogo pelo prazer de servir e nunca ser servido, almejando apenas o reconhecimento de sua luta.

Nos últimos tempos temos tratado a vida com verdadeiro despeito, na proporção que nos distanciamos dos dois últimos conflitos mundiais, parece até que vamos perdendo a memória e nos esquecemos o quanto essas duas situações foram calamitosas, a Europa não pode se esquecer da desgraça que foram aqueles dias vividos em suas terras vendo o sangue de seus filhos jorrarem sobre o solo.

Muito me intriga essa demora angustiante com conflitos pequenos se transformando em dias de luto, fazendo de meses em anos, a impressão que fica é que o ser humano tem o prazer mefistofélico em promover a morte ante a própria vida, não podemos usar a Interoperabilidade, para não sairmos da nossa condição de humanos e nos transformarmos em objetos usuários de inteligência artificial (IA).

Nesse ritmo abominável vamos transformando nosso habitat em verdadeiro terreno inóspito, já não tratamos nosso planeta como nossa casa, com todos os cuidados que ele merece, nossos coabitantes, dentre eles os nossos companheiros, animais de estimação, ou não, mas que temos convividos milenarmente, de maneira afetuosa, sinto que os sentimentos se perderam nesses últimos tempos.

Percebo que estamos construindo um novo planeta com o rescaldo do antigo, tão confortável como aconchegante, e esse novo não sei se nos suportará por muito tempo, pois passamos a ser infringentes, com gestos e atitudes desumanos, animalescamente deplorável. Estamos no linear da nossa capacidade de reação se não tomarmos uma atitude radical, brevemente, atearemos fogo no planeta terra.

Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista

genivaldantasrp@gmail.com