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Foto do escritorGenival Dantas

Novos tempos, inclusão do mundo virtual e velhos hábitos na vida política (11/10/2020)




O Fato Sem Politicagem 11/10/2020

No Brasil a impressão que temos é que nossos velhos hábitos e costumes estão impregnados nos nossos valores seculares, na tradição da nossa gente conservadora que nunca aprende ser disruptivo, pelo menos tentar ser um pouco mais atual, mormente agora quando o mundo procura se enquadrar nas novas tecnologias, com ajuda da pandemia do Coronavírus em andamento, novas tendências se proliferam. A mudança comportamental mais forte e sentido é a fórmula de comunicação que os candidatos políticos estão usando para conquistar os eleitores, assim como fez o candidato vitorioso em 2018, Jair Bolsonaro, atual Presidente da República.

Com o assédio presencial, praticamente, sendo proibitivo, o jeito mais prático, direto e barato, até, é pelo uso da comunicação virtual, de forma individual e até reboculoso, pelas telas dos computadores e celulares, quando usado com pano de fundo de teor voltado para os temas de campanha dos candidatos fica mais simpático e, portanto, sugestivo. Dessa forma, ganha o candidato pela agilidade, e o eleitor podendo ser seletivo nas suas escolhas vendo apenas as mensagens que lhe interesse.

Infelizmente, muita coisa continua sendo repetida, tornando os temas tão maçantes quanto antes. A fórmula mudou, porém o conteúdo é o mesmo, promessas inusitadas continuam sendo oferecidas, os arroubos contra e a favor de governos situacionistas, citações aos padrinhos muitas vezes distantes das campanhas. Mesmo com o uso da mídia, quando se trata de seriedade e de cunho verdadeiro o desânimo é geral, nada de novo a nos motivar e votar em candidatos, o sentimento se aplica tanto para o Legislativo como o Executivo.

O quadro é o mesmo quando acompanhamos o desenrolar da campanha na Capital paulista paulistana, há uma concentração de 14 candidatos ao Executivo, os temas explorados são os mais variados possíveis, tanto para a Esquerda como a Direita. Constatamos um tema atual em termos de exploração, mas antigo no imaginário político e necessidade popular que é a Renda Mínima, esse tema é tratado de várias formas e com diversos nomes.

É bom lembrar aos paulistas e paulistanos, inclusive o Jornal O Estado de São Paulo, traz uma reportagem, nesta data, 10/10, completa sobre o tema, página Política, informando que há projeto aprovado em forma de Lei de 1998 e regulamentado em 2011, gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, (PT), na época, trata-se de um Programa de Garantia de Renda Familiar Mínima Municipal, com custo anual de R$ 17 milhões, com atendimento para 12,8 mil pessoas e com prazo pré-estabelecido de dois anos, podendo ser renovado, ou ampliado, dependendo de avaliação.

Assim sendo, é bom que os candidatos que querem turbinar esse projeto, ampliando os valores e alargando o alcance populacional, dando mais consistência social no atendimento aos mais necessitados. Esse projeto de São Paulo bem que podia ser copiado para implantação em outras cidades, ele trata de valores e prazos, dessa forma ele não é um projeto que simplesmente deixa seu usuário dependente do governo municipal.

Precisa ser verificado se ele tem dispositivo possibilitando e ajudando de forma educacional, e treinamento profissional, fazendo que a pessoa se habilite ao mercado de trabalho, saindo muitas vezes do mundo dos invisíveis e integre ao social para que ela possa gozar da assistência médica e outros recursos para sua sobrevivência.

Como se trata de um assunto explorado por seis dos quatorzes postulantes ao cargo de prefeito da Capital paulista paulistano, acredito que o que realmente for escolhido vai lutar para que essa pauta não seja esquecida e venha provocar uma situação melhorada para todos, não podendo esquecer-se de incluir dentre os favorecidos os que vivem em situação de rua. Essas são pessoas que merecem ser olhadas com o olhar de fraternidade e humanidade, e não com olhar de compaixão, precisamos recuperar todos que desejam ser reintegrados à sociedade, vamos aproveitar essa onda de solidariedade e fazer a nossa parte, o momento é propício.

Temos que ser justo em nossas escolhas, privilegiar com o nosso voto àqueles que verdadeiramente trabalharam pelas comunidades e suas classes que os elegeram, caso não sejam merecedores de uma nova oportunidade que sejam sacrificados, não reeleitos, e substituídos por gente nova, tem muito candidato chegando com muito gás, não podemos fazer uma avaliação prévia, pesarmos os prós e os contras e definirmos de forma conscientes nossa opção, ela é muito importante para colocarmos nos Poderes, Legislativo e Executivo, quem de fato pode trabalhar com justiça, lealdade, respeito e confiança, esses são quatro fatores determinantes para levarmos em consideração em um candidato ideal.

Releve grau de amizade, parentesco ou qualquer outra situação de aproximação com os candidatos oportunistas que querem apenas tirar proveito de um cargo eletivo, depois você pode se sentir responsável por alguém que você contribuiu para o sucesso dele e caso ele venha ser uma decepção no exercício da função. Portanto reflexão e sinceridade com a sua ação é o que você terá que fazer na hora da decisão, vamos começar a pensar desde já.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista



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