Novo governo velhas práticas 21/07/2023
Há várias razões, além do ódio aferido no meio das duas correntes que lideraram a político nos últimos anos, no Brasil, um dos meios mais repelido pela própria população, foi a politização praticada pelo Judiciário brasileiro, transformando esse Poder de algo tão respeitado e respeitoso ao conceito de mero Poder na composição do tripé de sustentação e o órgão mais competente que era para guardar nossa Constituição, com zelo e dignidade patriótica.
Hoje o STF não passa de uma anódina, comparado aos tempos passados e pela respeitabilidade que existia entre a população e aquela Casa. Para piorar o que já vinha com ranço ao longo dos anos, o Congresso Nacional praticamente sequestrou o Executivo e hoje pratica uma aliança da boa vizinhança, fazendo uma parceria de lesa pátria, estabelecendo por conta própria um presidencialismo de coalisão, com apoio integral e homogêneo com o propalado Centrão.
Para não ficar fora da corrida em busca do ouro, o Judiciário depois de tantas condenações ao líder maior da Esquerda brasileira, resolve interpretar a lei conforme seu entendimento e razão, fez do ex-presidente, Lula da Silva, um ex-presidiário, em um homem livre e de bons costumes, podendo exercer seu direito de cidadania, podendo até mesmo ser eleito presidente da República, assim o fez e assim foi eleito, transformando o Brasil em uma democracia relativa.
O Executivo não é mais monolítico, sua capitulação foi veemente, tornou-se subserviente aos caprichos dos novos e velhos políticos brasileiros, não se consumando a pacificação nacional como estava previsto do discurso de campanha política do vencedor, mais ainda, como se tudo fora a mesma coisa, simplesmente, como um laço de infidelidade e prostituição política passa a pagar um preço muito caro para se manter no governo, de forma genuinamente promíscua.
Temos um quadro político simplesmente desagradável, depois de quase 7 meses, no comando do governo nacional, sem nenhum vestígio de governabilidade, não fora o Centrão, mesmo sem CNPJ, mas largamente conhecido como o quarto poder, e letal; qualquer projeto que seja de interesse do governo, exige-se pagamento, praticamente antecipada, com liberação de emendas parlamentares, verdadeiro jogo sujo praticado pelos lobos da corte nacional.
Somos impelidos a acreditar no que resta de uma antiga democracia plena, somos obrigados, ainda, a ter que admitir que somos contemporâneos de uma figura hipócrita de um presidente liturgicamente temerário e temeroso, apoiador das mazelas praticadas pelos ditadores da nossa América, tão importunada e destruída pelos malacos, que surpreendentemente retorna ao Governo Federal, cujas evidências, repetindo governos anteriores, de descalabros e anarquia.
Costumo dizer que não somos vítimas do Lulopetismo, porém, verdadeiramente, representamos uma sociedade sem laboriosidade, hombridade e objetividade, somos um rebanho que encosto o corpo na primeira moita de capim, demonstrando desleixo, falta de equilíbrio, se rendendo a qualquer moeda de troca que venha significar um prato de comida ao alvorecer e assim, como um andarilho de dias perdidos e noites mal dormidas, em terras devolutas aos olhos dos comunistas.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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